Yoweri Museveni é reeleito presidente de Uganda

Yoweri Museveni é reeleito presidente de Uganda

Com 60% dos votos, presidente chega ao seu quinto mandato

AFP

Oposição acusa a Comissão de ser partidária do regime

publicidade

Yoweri Museveni, no poder há 30 anos, foi reeleito presidente de Uganda por um quinto mandato de cinco anos, anunciou neste sábado a Comissão Eleitoral. 

Museveni venceu a eleição, realizada nesta quinta-feira, com 60,75% dos votos, muito à frente de seu principal rival, Kizza Besigye (35,37%). O ex-primeiro-ministro Amama Mbabazi recebeu apenas 1,43% dos votos. Dos 15 milhões de eleitores registrados, 9.701.738 votaram, uma participação de 63,5%.

 

A oposição, que acusa a Comissão de ser partidária do regime e de encobrir suas fraudes, não deve reconhecer a vitória de Museveni. O Fórum para a Mudança Democrática (FDC) de Besigye apelou neste sábado os "ugandeses e a comunidade internacional a rejeitar e condenar a fraude cometida".

A imparcialidade da Comissão Eleitoral também tem sido questionada por observadores da União Europeia e do Commonwealth. A reeleição de Yoweri Museveni, no entanto, era esperada. Ele venceu no primeiro turno nas quatro eleições anteriores, com 75% dos votos em 1996, 69% em 2001, 59% em 2006 e 68% em 2011.

O partido de Museveni, o Movimento de Resistência Nacional (NRM), comemorou os resultados. "Isto confirma que os nossos adversários não conseguiram oferecer nenhuma alternativa", declarou seu porta-voz, Mike Sebalu. No poder desde 1986 - depois de derrubar o autocrático Milton Obote - Museveni segue muito popular no país e se beneficia do poder financeiro e experiência eleitoral do seu partido.

Enquanto os resultados eram anunciados, Kizza Besigye foi colocado sob vigilância policial em sua casa, depois de ter sido preso no dia anterior. A forte presença da polícia também foi notada em frente à sede do FDC, diante da casa de Amama Mbabazi, e mais amplamente nas ruas de Kampala. Uganda, um país na África Oriental, com uma população estimada em 37 milhões, nunca experimentou uma mudança política pacífica desde a independência em 1962.

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895