Zelaya pede adiamento de eleições em Honduras
Presidente deposto quer que pleito seja legitimado internamente e pela comunidade internacional
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"Adiar as eleições deve ser uma condição que permita legitimá-las, que nos devolva ao estado de direito, à ordem constitucional e à credibilidade internacional com um acordo político", assinala o comunicado de Zelaya.
O Supremo Tribunal Eleitoral (TSE) conclui os preparativos para eleições que, na estratégia do presidente de fato, Roberto Micheletti, deverão acabar com a crise provocada pelo golpe de Estado de 28 de junho passado.
O Congresso Nacional hondurenho analisará a volta ao poder de Zelaya no próximo dia 2 de dezembro, três dias após as eleições gerais, mas o presidente deposto "desistiu da restituição" para não legitimar um "golpe de Estado e um processo eleitoral fraudulento", informou na terça-feira seu assessor Carlos Reina
Zelaya está refugiado na embaixada do Brasil em Tegucigalpa desde o dia 21 de setembro passado, quando retornou em segredo a Honduras, após ser derrubado e expulso do país por um golpe de Estado, em junho, devido à tentativa de realizar um referendo para mudar a Constituição e aprovar a reeleição presidencial.