Zelensky pede tanques e mísseis de longo alcance para o Ocidente

Zelensky pede tanques e mísseis de longo alcance para o Ocidente

Rússia condena apoio de outros países no conflito

AFP

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O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu a seus aliados ocidentais, nesta sexta-feira, que "acelerem" as entregas de armas, em especial de tanques, para combater as forças russas. A solicitação foi feita no início de uma reunião realizada na base aérea de Ramstein, na Alemanha, sobre o apoio a Kiev.

Em mensagem por videoconferência, Zelensky pediu que "não negociem as quantidades de tanques, mas que comecem esta importante entrega que vai deter o mal". Também nesta sexta-feira, o secretário americano da Defesa, Lloyd Austin, declarou que os aliados ocidentais devem aumentar sua ajuda militar para a Ucrânia em um momento crucial de sua luta contra as forças russas.

"Temos que aprofundar ainda mais, é um momento decisivo para a Ucrânia", disse Austin na abertura da reunião. "O povo ucraniano está olhando para nós, o Kremlin está olhando para nós e a história está olhando para nós", acrescentou. Pouco antes do início da reunião, o Kremlin havia afirmado que a entrega de tanques ocidentais à Ucrânia não mudará "nada" no campo de batalha. "Essas entregas (de tanques) não vão mudar nada (...) criarão novos problemas para a Ucrânia", disse o porta-voz presidencial russo, Dmitri Peskov.

Com isso, acrescentou ele, os países ocidentais alimentam a "ilusão" de uma possível vitória ucraniana no terreno. "Não se deve exagerar a importância da entrega deste tipo de armas, nem sua capacidade de mudar o que quer que seja (...). Isso não vai mudar nada em termos de avanço da parte russa" para atingir seus objetivos, insistiu Peskov.

O porta-voz do Kremlin disse ainda que se constata "um envolvimento direto e indireto dos países da Otan (no conflito). Ouvimos declarações, vemos que predomina cada vez mais a vontade de se envolver". Peskov acrescentou que as relações entre Moscou e Washington atingiram seu "nível histórico mais baixo" e que não vê qualquer "esperança de melhora em um futuro próximo".


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