Ápice de golpe no Banrisul ocorreu em 2014 e 2015, diz delegado

Ápice de golpe no Banrisul ocorreu em 2014 e 2015, diz delegado

Quadrilha desviou mais de R$ 7 milhões do Banrisul, apontou investigações

Correio do Povo

Quadrilha desviou mais de R$ 7 milhões do Banrisul

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A fraude que causou prejuízo superior a R$ 7 milhões ao Banrisul a partir de um esquema montado por criminosos em conluio com ex-funcionários do banco teve seu ápice nos anos de 2014 e 2015. O delegado Daniel Mendelski, no entanto, destacou que contratos feitos três anos antes também tiveram desvios encontrados.  De acordo com Mendelski, os empréstimos foram contraídos em várias agências bancárias da Região Metropolitana e Interior do RS, levantando a suspeita de que mais servidores do banco estejam envolvidos. 

A facilidade de obtenção do dinheiro do banco, esclareceu o delegado, ocorria através da “inobservância das regras para contratação e captação de garantias”, não sendo respeitadas as habituais exigências para abertura das contas. Documentos falsos eram utilizados, “Não havia qualquer controle”, sintetizou.

A descoberta do golpe coube à Delegacia Fazendária (Defaz) do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), com apoio do Gabinete de Inteligência e Assuntos Estratégicos da Polícia Civil e foi deflagrada na manhã desta terça-feira. Quase 300 agentes cumpriram 212 mandados judiciais, sendo 64 mandados de busca e apreensão, 28 mandados de prisão temporária, 120 ordens de bloqueios e sequestro de bens em Porto Alegre, Alvorada, Cachoeirinha, Caçapava do Sul, Canoas, Capivari do Sul, Cidreira, Imbé, São Leopoldo, Palmares do Sul, Santa Cruz do Sul e Viamão. Houve 28 prisões, incluindo um gerente e um funcionário que trabalhavam no Banrisul. Um total de 17 veículos de luxo foram apreendidos, além de duas armas, joias, dinheiro e vasta documentação.

Entre os presos estão também empresários e “laranjas”, ou seja, pessoas humildes que emprestam seus nomes para os golpistas que montaram 15 empresas fantasmas e de fachadas. “Com apoio de servidores do Banrisul, eles faziam empréstimos que depois eram pulverizados nas suas contas e repartido entre todos. Depois aparecia a inadimplência desses empréstimos, sendo roladas as dívidas sem o pagamento”, explicou o delegado Daniel Mendelski. Segundo ele, o “estouro” da falta de quitação do empréstimo podia ocorrer em um mês ou em um período maior. Os valores contraídos, acrescentou, variavam desde R$ 15 mil até R$ 400 mil.

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