É uma sensação horrível, diz familiar de uma das crianças que estavam desaparecidas em Porto Alegre

É uma sensação horrível, diz familiar de uma das crianças que estavam desaparecidas em Porto Alegre

Alessandra Corrêa da Rocha afirmou que estava desde a 1h subindo e descendo o Morro da Cruz procurando o filho

Correio do Povo*

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As crianças estavam desaparecidas na zona Leste de Porto Alegre foram encontradas com vida nesta sexta-feira em uma trilha do Morro da Cruz. A auxiliar administrativa Alessandra Corrêa da Rocha, mãe de uma delas, relatou momentos de desespero à reportagem do Correio do Povo. 

"Saí do chão. Para quem é mãe é uma sensação horrível, mas eu tive ajuda de todo mundo, graças a Deus agora é só agradecer", afirmou. "Agora quero abraçar ele muito forte e diz que amo ele, é só isso que quero", acrescentou. 

A mãe disse também que estava desde a 1h da madrugada subindo e descendo o Morro da Cruz à procura do filho. "Estou debilitada e com o pé todo aberto", lamentou. Segundo o tenente-coronel do 19º BPM, Samaroni Teixeira Zappe, as crianças foram encontradas sozinhas. Com idades de cinco a nove anos, são todas da mesma família (três irmãos e um primo). Elas acabaram ficando desaparecidas durante uma brincadeira de se esconder na mata. 

Zappe salientou que as buscas não foram fáceis, devido à região do Morro não ser de fácil locomoção, e que as crianças correram risco por conta do desaparecimento. "Com certeza tiveram uma noite de bastante medo, já que ficaram junto à mata com baixa luminosidade, com fome e privação de sono e água. É bom a gente poder encontrar essas crianças e entregá-las para as suas mães, pois somos pais também", pontuou.

A operação mobilizou a Brigada Militar (BM), Corpo de Bombeiros Militar do RS (CBMRS) e muitos voluntários. As crianças, todas moradoras da comunidade, foram encontradas sem ferimentos, porém encaminhadas à Clínica da Família Campo da Tuca para a realização de exames. Lá, elas foram recebidas com uma mesa com água, refrigerante e alimentos. O desaparecimento foi reportado à BM por volta das 22h de quinta-feira, e havia a preocupação com um açude próximo, que, embora não muito profundo, poderia gerar risco de afogamento. 

*Com informações do repórter Felipe Faleiro


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