Último integrante do “Caveirão da Morte” é preso pela Brigada Militar em Gravataí

Último integrante do “Caveirão da Morte” é preso pela Brigada Militar em Gravataí

Criminoso foi preso em Gravataí e fazia parte de facção presa pela Polícia Civil na operação Clivium

Correio do Povo

Honda Civic, com blindagem interna, tinha furos no porta-malas para a lavagem do sangue das vítimas mortas a tiros dentro do compartimento

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O último integrante do “Caveirão da Morte” – um Honda Civic preparado para a execução de rivais e desafetos de uma facção criminosa – foi preso pela Brigada Militar na noite de quinta-feira em Gravataí, na Região Metropolitana. Policiais militares do 17º BPM detiveram o criminoso, de 30 anos, na avenida Rondon, no bairro Águas Mortas. Ele estava foragido e foi flagrado com uma pistola calibre 380, 41 cartuchos de munição, 26 porções de maconha, 51 gramas de crack um radiotransmissor com carregador, dois aparelhos celulares e cerca de R$ 60 em dinheiro.

O bandido foi encaminhado à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de da cidade. O veículo adaptado tinha uma blindagem artesanal interna e furos no porta-malas que permitiam a lavagem do sangue após as vítimas serem mortas a tiros dentro do compartimento. O carro foi apreendido em outubro de 2015 na operação Clivium deflagrada pela Polícia Civil.

Houve uma ação operacional anterior, em junho do mesmo ano, com o cumprimento de 107 mandados de prisão e de outros 90 mandados de busca e apreensão por mais de 600 policiais civis mobilizados. A investigação começou em julho de 2014 tendo como alvo uma organização criminosa que atuava sobretudo em Gravataí e Cachoeirinha. Ao longo do período foram capturados mais de 100 criminosos, com recolhimento de armamento e entorpecentes.

Os principais líderes e gerentes do grupo criminoso, que faturava cerca de R$ 2 milhões por mês somente com a comercialização de cocaína, vinda do Paraguai, foram presos. O inquérito-mãe da Operação Clivium reuniu cerca de 8 mil páginas distribuídas em 31 volumes, há o relato dos ganhos da quadrilha.

Mais de outros 50 inquéritos acabaram sendo originados para a apuração de tráfico de drogas, homicídios, armas, sequestro, lavagem de dinheiro e corrupção de menores, entre outros crimes. Mais de R$ 1,1 milhão foram lavados através da compra, em nome de terceiros, de veículos, residências, apartamentos, terrenos e estabelecimentos comerciais.


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