Ação apura suposto desvio de recursos de fundos de assistência social em Porto Alegre

Ação apura suposto desvio de recursos de fundos de assistência social em Porto Alegre

Contratos fechados pela prefeitura são investigados por Polícia Federal, CGU e Polícia Civil

Correio do Povo

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A Polícia Federal, Controladoria-Geral da União e Polícia Civil deflagraram na manhã desta terça-feira a operação Detour, com o objetivo de investigar o suposto desvio de recursos públicos do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS) e do Fundo Nacional de Saúde (FNS) em Porto Alegre. Os valores totais liberados em decorrência dos contratos sob suspeita somam R$ 10 milhões.

Na Polícia Civil encontra-se em curso na 1ª Delegacia de Polícia de Combate à Corrupção, da Divisão Estadual de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro, do Departamento Estadual de Investigações Criminais, um procedimento policial destinado à apuração, em tese, de crimes contra a administração pública e a fé pública, bem como de associação criminosa, que teriam sido praticados no âmbito de termos de parceria firmados entre a Fundação de Atendimento Socioeducativo do Estado do Rio Grande do Sul e organização da sociedade civil voltada ao acolhimento institucional de jovens em situação de semiliberdade. Os crimes investigados na operação Detour são corrupção passiva, peculato e organização criminosa. Ainda não há confirmação do valor total desviado.

Investigação em janeiro 

A investigação começou em janeiro deste ano para apurar a contratação de uma organização social pela prefeitura de Porto Alegre para a prestação de serviço residencial terapêutico em quatro unidades sob a gestão da Secretaria Municipal de Saúde e no Serviço de Acolhimento 24 horas de Pessoas em Situação de Rua, coordenado pela Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Esporte.

A apuração indica supostas irregularidades na escolha da organização social que prestaria o serviço, bem como sobrepreço dos valores dos serviços em relação à entidade anterior. Houve ainda a identificação de que a organização social suspeita teria terceirizado a execução de parte dos serviços para empresas constituídas em nome de familiares dos responsáveis pela mesma, visando manter o domínio sobre o dinheiro desviado.

No Twitter, o prefeito Sebastião Melo manifestou-se. “Diante da operação envolvendo Saúde e Assistência Social, determinei aos secretários total colaboração com as investigações. Nossa gestão é de transparência e tolerância zero com qualquer tipo de irregularidade, e a prioridade é apurar as ocorrências e devidas responsabilidades”, postou.  

 


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