Ação combate furtos em veículos em estacionamentos de Porto Alegre e região Metropolitana

Ação combate furtos em veículos em estacionamentos de Porto Alegre e região Metropolitana

Quarenta e duas ordens judiciais foram cumpridas em dez cidades

Correio do Povo

publicidade

A Polícia Civil deflagrou na manhã desta terça-feira uma operação para combater furtos qualificados em veículos localizados em estacionamentos de centros comerciais, restaurantes e supermercados de Porto Alegre e da região Metropolitana. A ofensiva, chamada de Chapolin, já prendeu 11 pessoas.

A ação cumpriu 42 ordens judiciais, sendo 27 mandados de busca e apreensão, 13 mandados de prisões, uma condução para interrogatório e um sequestro de bens nas cidades de Gravataí, Canoas, Sapucaia do Sul, Cidreira, Ivoti, Parobé, Novo Hamburgo, São Leopoldo, Cachoeirinha, além da Capital.
Entre os detidos estão os líderes do grupo e responsáveis pela prática dos arrombamentos. Eles são oriundos de Sapucaia do Sul. Um deles já se encontrava recolhido em estabelecimento prisional em virtude de prisão em flagrante por homicídio tentado e adulteração de sinal identificador em Taquara.

A coordenação da operação Chapolin é da 2ª DP de Gravataí, sob comando do delegado Joel Wagner. Mais de 100 policiais civis foram mobilizados. Uma arma de fogo e objetos relacionados aos crimes foram recolhidos, além de uma BMW/320I M Sport Flex, modelo 2023, no valor de mais de R$ 300 mil, que foi alvo de sequestro judicial.

A investigação constatou que os criminosos usavam o aparelho “chapolin”, equipamento semelhante a um controle remoto, que "embaralha" os sinais do alarme e destrava os automóveis para que sejam efetuados os furtos. Além dessa modalidade, os furtos nos veículos também eram cometidos por meio de rompimento de obstáculo, quebrando vidros ou danificando as maçanetas, bem como da utilização de chaves “micha” para a subtração de objetos.
Conforme o trabalho investigativo, os criminosos alugavam carros e adulteravam os sinais identificadores, substituindo as placas originais por placas falsas para utilizar em suas ações. Vários ataques foram registrados por câmeras de segurança dos estabelecimentos, permitindo a identificação dos elementos da parte “operacional” da quadrilha.

Os demais criminosos eram responsáveis por realizar transações bancárias a partir das contas das vítimas para as contas de outros suspeitos. As transferências foram realizadas após os suspeitos estarem de posse dos notebooks, telefones celulares, chips de celulares, cartões e demais objetos pessoais das vítimas.

A apuração dos crimes durou em torno de cinco meses. De acordo com o delegado Joel Wagner, ao longo desse período foi possível a coleta de robustos indícios de autoria provenientes da análise de dados e de diversos vídeos dos furtos. Os suspeitos responderão pelos crimes de furto, adulteração de sinal identificador de veículo automotor, associação criminosa e receptação. Todos os investigados possuem diversos antecedentes, como furto qualificado, roubo, receptação, estelionato, adulteração de sinal identificador de veículo, entre outros.

O delegado Joel Wagner salientou que a operação Chapolin teve por objetivo “barrar a reiteração criminosa dos alvos investigados, buscar elementos probatórios que possam determinar a participação de outros envolvidos ou a imputação de outros crimes aos elementos já identificados, além de recuperar objetos furtados e instrumentos do crime”. Ele lembrou ainda que “ações simples podem evitar os furtos, como não deixar objetos visíveis no interior dos veículos, evitar abrir porta-malas com objetos em estacionamentos, pois os indivíduos ficam à espreita, e sempre que possível procurar locais fechados ou que disponibilizem segurança”.

Já o diretor da 1ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (1ª DPRM), delegado Rodrigo Bozzetto, frisou que a operação é “resultado do trabalho de investigação qualificada que procura reduzir os números dos delitos patrimoniais na região”. 

 


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895