Ação da Polícia Civil e da Susepe apreende 18 telefones celulares na Pasc
Operação integrada ocorreu em galerias onde estão recolhidos integrantes de facções criminosas
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Mais de 100 celas de nove galerias dos pavilhões A e B da Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc) foram alvo da operação integrada Sinal Zero da Polícia Civil e da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) ao longo da tarde dessa segunda-feira. Trata-se da terceira fase da Operação Império da Lei IV.
Houve a apreensão de 18 telefones celulares e 23 acessórios nas celas onde ficam recolhidos as lideranças de duas facções criminosas que disputam o tráfico de drogas em Porto Alegre e são responsáveis por ao menos 34 homicídios nos meses de agosto e setembro na Capital.
A diretora do DHPP, delegada Vanessa Pitrez, destacou que o pente-fino teve como objetivo "exterminar qualquer tipo de comunicação e a cadeia de comando de homicídios" que existe de dentro para fora da Pasc. Segundo ela, a ação recolheu os aparelhos telefônicos dessas lideranças para serem analisados visando a coleta de provas no âmbito das investigações em curso das delegacias especializadas do órgão.
Houve a mobilização de 65 policiais civis e 120 policiais penais. A Susepe contou inclusive com os efetivos do Grupo de Ações Especiais da Susepe (GAES) e do Grupo de Intervenção Rápida da 9ª Delegacia Penitenciária Regional (9ª DPR).
“Essa ação conjunta é extremamente importante porque mostra a integração das instituições vinculadas à Secretaria de Justiça e Sistemas Penal e Socioeducativo (SJSPS) e à Secretaria da Segurança Pública (SSP). A Susepe teve um papel importante na estruturação e na realização da ação de congelamento das galerias, dando as condições para que a Polícia Civil pudesse fazer o trabalho de localização de ilícitos, o que vai ser importante para o processo de investigação e apuração de responsáveis por crimes”, explicou o titular da pasta da SJSPS, Mauro Hauschild.
“A Polícia Civil fez uma investigação robusta, solicitou medidas cautelares à justiça, que expediu mandados de busca e apreensão dentro do sistema prisional, resultando nessa ação muito importante, que vem se somar a todas as outras já implementadas, com o intuito de reduzir o crime organizado”, pontuou o secretário da SSP, Vanius Santarosa.
O superintendente da Susepe, José Giovani Rodrigues de Souza, também enfatizou que o combate à criminalidade é mais efetivo quando há a união das forças de segurança pública. “Com mais de 120 servidores atuando na contenção e revista das pessoas privadas de liberdade, a Susepe demonstra sua importância para a segurança pública em prol da sociedade gaúcha”, disse.
Foto: Susepe / Divulgação / CP