Ação em busca de mandante de duplo homicídio em Canoas prende mulher e apreende R$ 18 mil
Diligências para encontrar quem mandou cometer os crimes ainda prosseguem
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O saldo da Operação Tríplice Fronteira, realizada na manhã desta terça-feira, em Canoas, Guaporé, Charqueadas e Porto Alegre pela Polícia Civil e Brigada Militar foi de uma mulher presa e R$ 18 mil apreendidos, no cumprimento de 11 mandados de busca e apreensão. O objetivo era acessar o apartamento onde três homens foram espancados no começo do mês, em condomínio popular do bairro Guajuviras, dominado por traficantes. Dois morreram e o terceiro está internado em coma, após serem encontrados no porta-malas de um VW Gol, no passo do Nazário, no limite com os municípios de Cachoeirinha e Esteio.
A prisão preventiva ocorreu em Guaporé, na Serra. "Ela supostamente seria namorada de uma das vítimas. No momento que ela participava de conversas com essa organização criminosa, ela sabia que a vítima estaria se deslocando a Canoas com determinada função. Vamos esclarecer melhor a participação dela", afirma o titular da Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP) de Canoas, Robertho Peternelli. Ao todo eram dois mandados de prisão. "Ainda temos um foragido e seguimos as buscas", diz.
O apartamento onde teria sido cometido o crime foi identificado, no Residencial MQ, no bairro Guajuviras, foi identificado e um dos alvos de mandado de busca. Segundo Peternelli, peritos identificaram cabelo e sangue nas escadas, indicando que as vítimas foram arrastadas e batiam a cabeça a cada degrau. "O trabalho da perícia vai ser fundamental. É de uma crueldade e de uma brutalidade fora do comum até para quem trabalha com homicídios", disse o diretor do Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa, delegado Cassiano Cabral.
Agentes durante operação nesta manhã | Foto: Ricardo Giusti
Em uma casa, em frente ao condomínio, o dinheiro apreendido foi encontrado dentro de uma nécessaire com a palavra "Amor" estampada. Conforme a polícia, traficantes possuem locais estratégicos fora do local onde escondem dinheiro, armas e drogas, muitas vezes coagindo moradores. Pelo menos quatro pessoas foram conduzidas para a DPHPP de Canoas para prestar esclarecimentos.
Segundo o tenente-coronel Jorge Dirceu Abreu Silva Filho, comandante do 15º Batalhão de Polícia Militar, o local é conhecido pelo tráfico de drogas. "Muitas vezes eles retiram os moradores dos apartamentos para o cometimento desse tipo de crime. Pode haver ligação com outros homicídios aqui em Canoas. Eles estão protegidos pela cerca do condomínio", explicou.
Buscas por mandante de duplo homicídio prosseguem | Foto: Ricardo Giusti
