Ação extremamente violenta, diz delegado sobre ataque em Butiá

Ação extremamente violenta, diz delegado sobre ataque em Butiá

Diversos cidadãos foram feitos de reféns e pelo menos três pessoas ficaram feridas

Henrique Massaro

Bancos foram atacados em Butiá

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Auxiliado pela Polícia Civil, o Instituto Geral de Perícias (IGP) inspecionou neste sábado os bancos atacados por criminosos durante a madrugada em Butiá, na região Carbonífera. De acordo com o delegado da delegacia de roubos do Deic, João Paulo de Abreu, por enquanto a autoria dos crimes ainda é desconhecida. “Foi uma ação extremamente violenta, com disparos de armas de fogo feitos contra pessoas. Não temos ainda o número exato de autores, muitos falam em 15, dez, 20... Ao que tudo indica, um valor certo, cinco pessoas participando dessa ação criminosa, provavelmente um pouco mais. Mas isso a gente vai conseguir melhor esclarecer na investigação de seguimento.”

Era madrugada de sábado quando criminosos, fortemente armados e com o auxílio de explosivos, atacou três agências bancárias do município de Butiá. O grupo arrombou as agências da Caixa Econômica Federal, do Banco do Brasil (BB) e do Banrisul, explodindo os caixas eletrônicos desses dois últimos. Diversos cidadãos foram feitos de reféns e pelo menos três pessoas ficaram feridas. O Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil trabalha com a hipótese de pelo menos cinco crimnosos, mas alguns relatos dão conta de serem mais de 15 homens envolvidos.

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A ação criminosa começou no Banco do Brasil, localizado junto à Praça Professor Régis Coutinho, onde muitos jovens costumam ficar durante a noite. Conforme o Deic, os assaltantes chegaram no local e fizeram todos que estavam por lá de refém. Nesse momento, foram efetuados disparos contra um veículo. Um dos tiros chegou a atingir na perna jovem Pâmela Flores da Silva, que, depois de receber atendimento, não corre riscos. Uma outra pessoa chegou a ter ferimentos leves. Em seguida, os homens entraram na agência, onde explodiram os caixas de auto-atendimento. Devido ao dispositivo de segurança do aparelho, que jorra tinta nas cédulas após explosões, o grupo levou apenas uma quantia considerada baixa.

Depois do BB, os assaltantes seguiram para a Caixa Econômica Federal, onde quebraram a porta de entrada e entraram na agência. Nesse local, porém, os criminosos não chegaram a explodir os caixas. O motivo, segundo as informações do Deic, foi o gerador de neblina utilizado pelo banco. Contudo, no alvo seguinte, o Banrisul, o assalto teve sucesso. Os homens conseguiram explodir os três caixas e levar o dinheiro. Em frente à agência, chegaram a trocar tiros com o efetivo da Brigada Militar (BM) que passava por ali. Logo depois dessa troca de tiros, os criminosos ainda efetuaram diversos disparos contra a sede da BM. O soldado Cristiano Tavares, que estava no local, chegou a ser ferido por estilhaços no peito.

De acordo com o responsável pelo comando da BM em Butiá, sargento Vilson Rudinei, uma nova troca de tiros chegou a ocorrer na saída do município, quando os policiais militares, dessa vez reforçados pelos efetivos de Minas do Leão e Arroio dos Ratos, dispararam contra um dos carros utilizados no crime. Em uma motocicleta utilizada no crime, os criminosos também passaram pela sede da Polícia Civil da cidade, onde tentaram forçar a porta de entrada.


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