Ação investiga supostos desvios de R$ 15 milhões de recursos públicos da saúde

Ação investiga supostos desvios de R$ 15 milhões de recursos públicos da saúde

Operação cumpre mandados no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro

Correio do Povo

Alguns mandados são cumpridos em Porto Alegre, na rua Miguel Tostes

publicidade

Uma operação conjunta entre Polícia Federal, Controladoria Geral da União, Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul, Ministério Público Federal e Ministério Público do Rio Grande do Sul apura supostos desvios de recursos destinados para saúde em cidades do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro. No município de Rio Pardo, o montante chegaria a R$ 15 milhões. Pela manhã, foram presos temporariamente o prefeito Rafael Barros (PSDB), o procurador-geral do município, Milton Coelho, e outro procurador. 

Além deles, outras 12 pessoas foram detidas – são empresários ligados a uma organização social que o montante teria sido repassado –, enquanto o secretário da Saúde, Augusto Pellegrini, foi afastado. A ação apura supostos crimes de fraude à licitação, peculato, corrupção passiva, organização criminosa, ocultação de bens, crime de responsabilidade e desobediência. Ao todo, 129 medidas judiciais devem ser cumpridas.

De acordo com a Promotoria, a administração terceirizava o serviço de saúde a uma organização que, por sua vez, contratava outras empresas para realização do contrato. De um total de R$ 60 milhões repassados à companhia inicial, teria sido comprovado o desvio de R$ 15 milhões durante a quarteirização. Além de servir para uso particular, como aquisição de patrimônio, o dinheiro alimentaria o sistema política partidário.

A operação, chamada de Camilo, tem 61 mandados de busca e apreensão, 15 de prisão temporária, além de medidas judiciais de sequestro de bens móveis e imóveis, bloqueio de valores depositados em contas de investigados e empresas. Também deverá ser feito o afastamento cautelar de funções exercidas por servidores públicos municipais.

As ordens judiciais foram expedidas pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região e pela Justiça Estadual de Rio Pardo.  O Correio do Povo buscou contato com a prefeitura da cidade e com o diretório do PSDB estadual para posicionamento das partes, mas não obteve respostas até o momento. 


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895