Ação policial sequestra bens avaliados em R$ 7 milhões e identifica laranjas em esquema criminoso

Ação policial sequestra bens avaliados em R$ 7 milhões e identifica laranjas em esquema criminoso

Facção ligada ao tráfico de drogas foi o alvo da nova fase da operação Borgata

Correio do Povo

Mansão em Garopaba, em Santa Catarina, foi alvo de buscas pela Polícia Civil

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Com o objetivo de atingir o núcleo financeiro de uma facção criminosa ligada ao tráfico de drogas, a segunda fase da operação Borgata, da Polícia Civil, foi deflagrada nesta terça-feira. Os trabalhos da primeira e da segunda etapa resultaram no sequestro judicial de cerca de R$ 7 milhões em bens adquiridos em nome de 16 laranjas, que já foram identificados. Hoje, policiais civis foram designados para trabalhar no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. 

De acordo com o Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc), a ideia da ofensiva era atingir a cúpula da facção Os Manos. Setenta agentes cumpriram 24 ordens judiciais, sendo 17 mandados de busca e um mandado de prisão temporária. Houve ainda seis sequestros judiciais de duas mansões de luxo, sendo uma em Campo Bom, no Vale dos Sinos, e outra em Garopaba, em Santa Catarina, além de duas Mitsubishi Outlander, um Audi Q3, um Volkswagen Virtus, um Ford Focus. Documentos, dinheiro e drogas foram também encontrados. A ação ocorreu também em Porto Alegre, Novo Hamburgo e Estância Velha.

Investigações iniciadas em janeiro 

As investigações começaram em janeiro deste ano em torno das três lideranças da facção criminosa que encontram-se no sistema prisional, sendo que duas em penitenciárias federais. Na primeira fase, haviam sido sequestrados cinco imóveis de luxo e bloqueio de sete contas bancárias. Na ocasião, um Jeep Compass, um Fiat Toro, um Ford Focus e uma moto BMW F800 foram recolhidos.

O delegado Adriano Nonnenmacher avaliou que a facção abastece não apenas a própria rede de narcotráfico em todo o Rio Grande do Sul, mas fornece drogas também para grupos menores de traficantes. “O trabalho da operação Borgata é em cima dos líderes máximos“, enfatizou, lembrando que a facção tem parceria com uma organização criminosa que atua no país. “É a mais bem estruturada no RS”, constatou o titular da DRLD do Denarc.

O diretor do Denarc, delegado Vladimir Urach, observou que o combate à lavagem de dinheiro é fundamental. “Não basta apenas apreender as drogas e prender os traficantes. Muito mais importante ainda é apreender os bens que conseguem amealhar com o lucro do tráfico”, declarou. Já o delegado Adriano Nonnenmacher explicou que a estratégia é “o desmantelamento dos núcleos dos grandes traficantes das facções predominantes no RS e tentar atingir essas células”.


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