Aberto inquérito para apurar conduta de PMs suspeitos de tortura
Crime teria ocorrido em chácara de Jaguarão
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Um Inquérito Policial Militar (IPM) foi aberto para investigar a ação de policias militates (PMs) suspeitos de praticarem tortura em Jaguarão, no Sul do Estado. De acordo com o encarregado pelas investigações, major Devaldir das Neves Moura, a primeira medida tomada foi pedir ao Ministério Público (MP) cópias do processo judicial. Após análise dos documentos, serão determinadas as diligências a serem cumpridas a fim de apurar as denúncias.
O caso veio à tona depois que o processo deixou de tramitar em segredo de Justiça. De acordo com os autos, cinco policiais militares foram presos por suspeita de tortura depois que as casas de dois deles foram furtadas. Para tentar recuperar os objetos levados pelos ladrões, o grupo teria ido até a casa dos suspeitos e os levados para a chácara de um dos PMs, onde as torturas teriam ocorrido. Conforme a denúncia, um homem teve o braço quebrado, um adolescente teve o nariz fraturado e o suspeito de roubar a casa dos policiais foi encontrado com cerca de 15 escoriações pelo corpo.
Conforme a promotora do Ministério Público Cláudia Pegoraro, a prática de tortura de criminosos na chácara ocorria frequentemente. Cláudia afirmou que os policiais chegavam a utilizar técnicas semelhantes às utilizadas durante a Ditadura Militar. No último dia 7, um grupo de criminsos chegou a ser agredido por aproximadamente seis horas. Após as ações, os PMs teriam tentado apagar os vestígios de sangue no chão do local e de uma viatura.
A finalização do inquérito ainda está em andamento e os policiais, presos no último sábado, devem permanecer detidos. Após uma das vítimas ter confessado o furto na casa do policial, um boletim de ocorrência foi feito e o homem preso. Na ocorrência, os policiais relataram que ele havia sido abordado com produtos roubados. Depois das denúncias de tortura, ele foi solto novamente.
