Acusada de matar o filho tem novos advogados

Acusada de matar o filho tem novos advogados

Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, mãe do menino Miguel, irá a júri popular junto com sua companheira Bruna Nathiele Porto da Rosa

Correio do Povo

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O júri popular de Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues e Bruna Nathiele Porto da Rosa começará em 4 de abril, no Foro de Tramandaí, no Litoral Norte. Elas são acusadas pela morte do menino Miguel dos Santos Rodrigues, 7 anos, ocorrida em julho de 2021, também no Litoral Norte. Miguel era filho de Yasmin. Bruna era madrasta do menino. O sorteio dos jurados será realizado no próximo dia 14.

O corpo da criança nunca foi encontrado. As rés o teriam jogado, dentro de uma mala, no rio Tramandaí, em Imbé. Imagens de câmeras de monitoramento, conseguidas pela Polícia Civil, mostram as rés andando pela rua com uma mala.

As rés serão julgadas por homicídio triplamente qualificado, tortura e ocultação de cadáver. As qualificadoras são motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. Além das agravantes de crime cometido contra menor de 14 anos. Para Yasmin ainda pesa o fato de ter sido contra descendente.

Yasmin, mãe de Miguel, trocou de defesa técnica e os novos advogados ressaltam que é de extrema importância trazer à tona que mesmo após os relatos de abuso de autoridade – ela teria sido agredida quando da sua prisão –, seu interrogatório serviu como base para direcionar todo o conteúdo investigativo que deu suporte para a formulação da denúncia por parte do Ministério Público do RS (MPRS).

De acordo com a advogada de defesa Thais Constantin, “observou-se, de forma latente, o desrespeito não apenas a procedimentos técnicos, como a quebra de cadeia de custódia das provas, mas principalmente a garantias constitucionais básicas”, afirmou a defensora. “Nosso maior propósito nesses poucos dias que antecedem o plenário é tentar corrigir as falhas que ocorreram durante estes mais de dois anos e 9 meses de tramitação do processo”.

A advogada criminalista adianta que, com apoio da família da ré, apresentará no Tribunal do Júri um olhar técnico diferente do que foi construído na investigação preliminar que apoiou-se, exclusivamente, na confissão de Yasmin, deixando de analisar intrinsecamente as provas que integram o conteúdo probatório dos autos.


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