Adolescentes são suspeitos de matar mulher a facadas em Canoas

Adolescentes são suspeitos de matar mulher a facadas em Canoas

Crime ocorreu no dia 30 de setembro, no bairro Igara

Correio do Povo

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Dois adolescentes de 14 e 17 anos são apontados como os principais suspeitos de terem matado Angela Oliveira da Silveira, de 34 anos. A vítima foi espancada e esfaqueada dentro de casa, onde também estava o filho de cinco anos. Ela foi encontrada morta, no bairro Igara, em Canoas, pelo marido no final da tarde do dia 30 de setembro.

O titular da Delegacia de Polícia (DP) de Homicídios de Canoa, delegado Marco Guns, anunciou nesta terça-feira que os possíveis autores do crime eram conhecidos da vítima. O jovem de 17 anos foi criado pela mãe de Angela. Ambos foram apreendidos no sábado no bairro Humaitá, em Porto Alegre. A faca de cozinha, com 20 centímetros de lâmina, usada no crime, será periciada. Conforme os agentes, o celular da vítima e as chaves do Polo, do casal, também foram recolhidos.

O delegado Marco Guns explicou que as suspeitas sobre os adolescentes surgiram quando os agentes estiveram no local do crime e ouviram da vizinhança os relatos de que dois garotos haviam pulado o muro e invadido a moradia. Guns lamentou que ninguém acionou a BM. “Houve uma omissão”, criticou. Ele observou que o assassinato foi planejado e os adolescentes aproveitariam para roubar supostos R$ 30 mil, mas o dinheiro não foi encontrado. A ideia de levar o Polo também deu errado pois o veículo estava sem bateria.

Na manhã de 30 de setembro, os dois menores invadiram o pátio da casa da vítima, que estava sozinha com a criança. Ao ser espancada e esfaqueada na sala, Angela teve forças para pedir que poupassem o filho, de 5 anos. A criança ficou trancada em seu quarto. Após o assassinato, os adolescentes pretendiam queimar o corpo na churrasqueira, mas não tiveram força física para levá-lo. Eles deixaram então o cadáver dela sob um cobertor.

De acordo com o delegado Marco Guns, os adolescentes, que já confessaram o crime, são suspeitos de terem cometido homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, podendo ficar no máximo três anos de internação caso sejam considerados culpados.  O titular da DP de Homicídios disse que o adolescente de 17 anos ficou indignado ao ser expulso da casa da mãe da vítima após terem encontrado maconha em sua mochila há quatro meses.

O garoto foi morar então com o menor de 14 anos, já que os pais de ambos mantinham juntos um restaurante, justamente em cima do mercado do marido da vítima no bairro Humaitá. Todos se conheciam, mas os negócios foram rompidos. 

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