Após abertura de nova ala, Suzane von Richthofen pede para ir para semiaberto
Em agosto de 2014 detenta havia solicitado para continuar no regime fechado
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Em agosto do ano passado, Suzane encaminhou uma carta à direção do presídio dizendo que pretendia esperar a abertura dessa nova instalação. De acordo com o defensor público Ruy Freire Ribeiro Neto, que representa a detenta no pedido de progressão de pena, ela também temia sofrer "represálias" em unidades prisionais de outras cidades.
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) pediu para que Suzane fosse ouvida pela Vara de Execuções Penais de Taubaté, no interior. Segundo o defensor, em depoimento no último dia 11 de junho, ela pediu transferência para a nova ala. "É o local mais indicado para o perfil de crime que ela praticou. Tem outras presas que praticaram o mesmo que ela e em outros presídios existe a possibilidade de represálias", afirmou Ribeiro Neto.
Suzane foi condenada em 2012 pela morte dos pais. O seu depoimento foi acompanhado pelo promotor no Ministério Público Estadual (MPE) Luís Marcelo Negrini de Matos, responsável pelo caso. No ano passado, quando ela pediu para permanecer no regime fechado, Matos não quis comentar.
Segundo o defensor dela, é possível que a Justiça faça "juízo de valor" e não conceda o benefício. "É possível porque ela pediu para continuar no regime fechado, apesar da Suzane ter um comportamento exemplar dentro do presídio. Ela trabalha, estuda e tem bom comportamento", disse. Ele acredita que, se Suzane fosse uma "presa normal", longe de toda a repercussão da caso, ela já teria obtido o benefício do regime semiaberto.