Após rebelião de presos, Polícia Civil não registra detidos em viaturas
Indivíduos voltarão a ficar em carros da Brigada Militar, inutilizando os veículos para o policiamento ostensivo
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• Presos rebelados em micro-ônibus vão para Charqueadas
A situação ocorre porque, sem vagas em presídios, os presos precisam aguardar vagas em celas de delegacias. Em Porto Alegre, os policiais acabam deixando de fazer o trabalho de investigação para realizar serviço de carceragem. Hoje, são cinco detidos na 2ª DPPA, no Palácio da Polícia, e sete na 3ª DPPA.
Se os números aumentarem muito, as delegacias são interditadas. Neste caso, os presos não ficarão mais no micro-ônibus, solução adotada pela polícia nos últimos dias – voltarão a ficar em viaturas, inutilizando os veículos para policiamento ostensivo. Isso porque, conforme o diretor da Divisão de Operações da Polícia Civil na Capital, delegado Marco Antônio de Souza, o micro-ônibus não tem condições de ser utilizado. Foram danificados painéis, bancos, janelas e o forro do veículo.
Os seis presos envolvidos no episódio deste sábado foram transferidos para a Penitenciária Modulada de Charqueadas e devem responder pelo crime de dano ao patrimônio público. Outros dois também saíram das celas das delegacias para vagas em presídios.
Nesse sábado, presos quebraram vidros e bancos do veículo e fizeram ameaças a PMs, policiais civis e imprensa. A tropa de choque do 1º Batalhão de Operações Especiais, com trajes e equipamentos anti-distúrbios, interveio e colocou os presos, separados, em viaturas da BM, que desde então pararam de circular. O 1º Batalhão de Bombeiros também precisou ser acionado em função do fogo na carceragem, em papelões. O micro-ônibus permaneceu isolado para a perícia do Departamento de Criminalística, mas já foi removido pela BM.
