Apenados não serão punidos por rebelião em Charqueadas
Juíza considerou um protesto a ação de domingo quando familiares foram impedidos de sair
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A decisão foi tomada durante uma reunião, na tarde desta segunda-feira, com representantes dos apenados, do Ministério Público, da Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe) e da administração da casa prisional. Segundo a magistrada, já no início da reunião os representantes dos apenados disseram que não houve violência durante a manifestação do domingo e que muitos familiares ficaram no presídio em apoio à reivindicação dos presos. Esclareceram que a finalidade do movimento era a garantia de que ao serem transferidos para o regime semiaberto não fossem oprimidos por outras facções.
Os presos relataram que muitas vezes são obrigados a fugir pelo fato da facção dominante no local não permitir o ingresso de presos a ela não vinculados. Relataram que pretendem cumprir pena no regime semiaberto com a finalidade de trabalhar e retomar os vínculos familiares, o que não conseguem no atual sistema prisional. Para tanto, solicitaram que fossem oferecidas vagas no regime semiaberto em estabelecimento penal onde não fossem coagidos e constrangidos por facções.
Na conversa foi esclarecido aos apenados que o Poder Judiciário não tem como abrir novas vagas em qualquer um dos regimes, mas junto com a Susepe e o Ministério Público procuraria uma solução para a questão. Uma nova reunião deve ocorrer no dia 31 de agosto para dar aos apenados uma resposta quanto à viabilidade de ser atendida a reivindicação e o local a ser apontado pela Susepe.