Assaltantes de carga ligados a facção são alvo de ofensiva em Porto Alegre e região Metropolitana

Assaltantes de carga ligados a facção são alvo de ofensiva em Porto Alegre e região Metropolitana

Polícia investiga laços entre quadrilha especializada em roubo de cargas de cigarro e facção com base na zona Leste da Capital

Marcel Horowitz

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Policiais Civis do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) deflagraram, na manhã desta quinta-feira, uma operação mirando uma quadrilha especializada em roubo de cargas de cigarro e que teria laços com uma facção, com base na zona Leste de Porto Alegre. O grupo é investigado por envolvimento em pelo menos 12 assaltos a motoristas de caminhão, desde o início do ano, na Capital e na região Metropolitana. Durante a ação, 64 agentes, cumpriram 22 ordens judiciais, sendo 20 mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva, nas cidades de Porto Alegre, Cidreira, Novo Hamburgo, Viamão, Cachoeirinha e Gravataí. Os dois alvos da ofensiva foram capturados.

De acordo com a apuração policial, os assaltantes têm vínculos com uma facção. A corporação aponta que, armados, eles rendiam motoristas de empresas de cigarro e os obrigavam a guiar até um local sem movimentação, onde era efetuado o roubo da carga. Ainda segundo a Polícia Civil, houve casos em que as vítimas foram forçadas a auxiliar os bandidos a descarregarem as mercadorias até o veículo utilizado para a fuga.

Dois estabelecimentos comerciais, ambos localizados no bairro Bom Jesus também são alvos da investigação. Os donos desses comércios são suspeitos de comprar e comercializar os produtos roubados. A região da zona Leste seria o berço da facção a qual os assaltantes de carga pertencem. 

"Apesar do decréscimo de mais de 35% nos roubos a motorista de entrega de cigarro, esta carga segue sendo a mais roubada", destacou o o diretor da Divisão de Investigação Criminal do Deic, delegado Eibert Moreira Neto. "Isso ocorre porque o escoamento do produto do roubo, além de rápido, já que é uma mercadoria vendida em qualquer lugar, também possui alto valor comercial, possibilitando uma rápida rentabilização das facções criminosas, que utilizam esses valores para comprar armas e drogas."

O principal alvo da ação, foi um homem de 40 anos que cumpria pena em prisão domiciliar. Ele já havia sido preso, em março, no município de Esteio, com uma carga de cigarros avaliada em mais de 70 mil reais. O criminoso acumula antecedentes por homicídio, sequestro, roubo, porte ilegal de armas, ameaça, falsificação de documentos, entre outros.  As investigações continuam para identificar o restante da quadrilha.


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