Associação de Psiquiatria vai orientar pais sobre tragédia no Rio

Associação de Psiquiatria vai orientar pais sobre tragédia no Rio

Especialistas vão tentar identificar casos de estresse e depressão nos alunos de escola no Realengo

Agência Brasil

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A Associação Brasileira de Psiquiatria vai orientar pais e professores a identificar crianças que desenvolvam quadro de estresse nos meses seguintes à tragédia vivenciada na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro. O ex-aluno Wellington Menezes de Oliveira entrou nas salas de aula da instituição e começou a atirar, matando dez meninas e dois meninos.

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De acordo com o integrante da associação e chefe do setor de Neuropsiquiatria da Infância e da Adolescência da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, Fábio Barbirato, é natural a criança ou adolescente ficar depressivo e triste nos primeiros 30 dias após a tragédia. Se ele apresentar tristeza, melancolia, crises de choro e medos exagerados, como o de voltar à escola, nos próximos três meses, é necessário procurar ajuda médica.

“O primeiro mês é um período de luto. Quanto mais cedo voltar à vida normal, melhor”, disse. A associação vai providenciar atendimento das crianças na rede pública de saúde. Além dos alunos, os psiquiatras pretendem acompanhar também a reação dos pais, parentes e professores.

A ideia, segundo Barbirato, é iniciar o trabalho antes do feriado da Semana Santa, em parceria com a secretaria municipal de educação. A secretária Claudia Costin informou, nesta sexta, que a prefeitura está montando uma equipe de assistentes sociais e psicólogos para prestar atendimento aos parentes e professores das crianças atingidas no massacre.

Serão recebidos todos que, direta ou indiretamente, estiveram envolvidos no episódio. O atendimento dos alunos e famílias será feito em casa e dos professores na própria escola.


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