Ataque a tiros deixa um morto e uma adolescente ferida em Caxias do Sul

Ataque a tiros deixa um morto e uma adolescente ferida em Caxias do Sul

Luan Gonçalves, de 18 anos, teria morrido em retaliação a atentado feito por ele contra rival

Marcel Horowitz

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Um ataque a tiros, na madrugada desta quinta-feira, deixou um morto e uma adolescente ferida, no Loteamento Monte Carmelo, em Caxias do Sul, na Serra. A jovem de 17 anos foi socorrida pela Brigada Militar e encaminhada ao Hospital Pompeia, mas já recebeu alta. 

Conforme o boletim da ocorrência, os soldados foram acionados às 03h50min para atender a uma ocorrência envolvendo disparos de arma de fogo, efetuados dentro de um imóvel. Ao chegarem no local, os militares encontraram a adolescente ferida, com marcas de tiro nos dois joelhos.

Ainda dentro do imóvel, foi localizado o corpo de um homem, também vítima dos disparos. Ele foi identificado como sendo Luan Gonçalves, de 18 anos. 

O rapaz tinha antecedentes por dois homicídios. Segundo familiares da adolescente, que pediram para não terem a identidade divulgada, os dois mantinham um relacionamento. Ainda de acordo com eles, Luan era integrante de uma facção com base no Vale do Sinos, mas que também criou ramificações na Serra. O jovem teria envolvimento na morte de um rival, ocorrida no início da semana, e o ataque dessa madrugada seria uma retaliação a isso. 

Os parentes contam que a jovem não tem antecedentes. Ela teria sido baleada enquanto Luan tentava fugir dos tiros, efetuados por um homem que chegou na carona de uma moto e depois fugiu. "Ela era uma boa menina e nós a criamos com todo o carinho. Acontece que, depois dos 12 anos, ela começou a andar com esse pessoal do crime. Nós estamos tentando tirar ela disso mas, desde que teve início esse envolvimento, está muito difícil", desabafou uma tia. 

O caso será investigado pela Delegacia de Homicídios de Caxias do Sul. A reportagem tentou contato com o delegado plantonista, Raone Nogueira, que também atendeu a ocorrência, mas ele se recusou a dar declarações, conforme determinado pela Associação dos Delegados de Polícia do Rio Grande do Sul (Asdep), que suspendeu entrevistas como tentativa de pressionar o governador Eduardo Leite a receber a categoria e negociar reposição salarial.

O delegado titular Caio Fernandes também não quis comentar o caso, por esse mesmo motivo.


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