Avó de Bernardo depõe na quinta como testemunha de acusação em Santa Maria

Avó de Bernardo depõe na quinta como testemunha de acusação em Santa Maria

Jussara Uglione perdeu a guarda do neto meses antes do crime

Rádio Guaíba

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A avó materna do menino Bernardo Boldrini, Jussara Uglione, presta depoimento à Justiça na quinta-feira, no Foro de Santa Maria. Ela é uma das 25 pessoas arroladas pelo Ministério Público, autor da ação criminal que tramita na Comarca de Três Passos sobre a morte do garoto, ocorrida em início de abril. O depoimento vai se iniciar às 16h, na 1ª Vara Criminal da Comarca, e ser conduzido pelo juiz de Direito Ulysses Louzada.

Leia mais sobre o caso Bernardo Boldrini

Por decisão da Justiça de Três Passos, Jussara perdeu a guarda do neto meses antes do crime. Em 2011, a filha de Jussara e mãe de Bernardo, Odilaine Uglione, cometeu suposto suicídio no consultório do pai dele, Leandro Boldrini, um dos réus da morte do garoto.

As audiências seguem sendo públicas e com o acesso da imprensa mantido. Inquiridas todas as testemunhas arroladas pela acusação, serão marcadas as audiências para ouvir as 52 indicadas pelas defesas dos réus. Ao todo, 77 pessoas foram incluídas como testemunhas no processo.

Relembre o caso

Bernardo, de 11 anos, desapareceu em 4 de abril, em Três Passos, e teve o corpo encontrado na noite do dia 14, em Frederico Westphalen, dentro de um saco plástico e enterrado às margens de um rio. Edelvânia Wirganovicz, amiga da madrasta, admitiu o crime e apontou o local onde a criança foi enterrada.

O pai do menino, Leandro Boldrini, a madrasta, Graciele Ugulini, e os irmãos Edelvânia e Evandro Wirganovicz foram denunciados pelo Ministério Público por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e falsidade ideológica (apenas Leandro).

A Polícia sustenta a tese de que Graciele e Edelvânia executaram o homicídio usando doses do medicamento Midazolan – a madrasta porque entendia que o menino era um “estorvo” para o relacionamento entre ela e Leandro Boldrini, e Edelvânia em troca de dinheiro, para comprar um apartamento. Ainda segundo o inquérito, Boldrini também teve participação na morte fornecendo o medicamento controlado em uma receita assinada por ele, na cor azul. Já Evandro se tornou o quarto réu do caso, pela suspeita de ter ajudado a fazer a cova onde o corpo do menino foi enterrado.


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