Avó de Bernardo presta depoimento em Santa Maria

Avó de Bernardo presta depoimento em Santa Maria

Ao todo, 77 pessoas foram incluídas como testemunhas no processo

Correio do Povo

Avó de Bernardo presta depoimento em Santa Maria

publicidade

A avó materna do menino Bernardo Boldrini, Jussara Uglione, de 74 anos, presta depoimento à Justiça nesta quinta-feira, no Foro de Santa Maria, na região central do Estado. Ela é uma das 25 pessoas arroladas pelo Ministério Público (MP), autor da ação criminal que tramita na Comarca de Três Passos sobre a morte do garoto, ocorrida em abril. O depoimento teve início nesta manhã, na 1ª Vara Criminal da Comarca, e está sendo conduzido pelo juiz Ulysses Fonseca Louzada.

As audiências seguem sendo públicas e com o acesso da imprensa mantido. Inquiridas todas as testemunhas arroladas pela acusação, serão marcadas as audiências para ouvir as 52 indicadas pelas defesas dos réus. Ao todo, 77 pessoas foram incluídas como testemunhas no processo.

Adiamento do depoimento

No dia 15 deste mês, o advogado da família Uglione, Marlon Adriano Taborda, pediu junto à 1ª Vara Criminal de Santa Maria o adiamento do depoimento da avó do menino Bernardo Boldrini, Jussara Uglione. O depoimento estava marco para o dia 16 de outubro.

Segundo o advogado da família, a avó da criança teve que ser internada às pressas na manhã do dia 15 no Hospital de Caridade Astrogildo de Azevedo. Taborda disse na época que a cliente estava muita debilitada e com problemas cardíacos, o que provocou o seu internamento.

Relembre o caso

Bernardo, de 11 anos, desapareceu em 4 de abril, em Três Passos, e teve o corpo encontrado na noite do dia 14, em Frederico Westphalen, dentro de um saco plástico e enterrado às margens de um rio. Edelvânia Wirganovicz, amiga da madrasta, admitiu o crime e apontou o local onde a criança foi enterrada.

O pai do menino, Leandro Boldrini, a madrasta, Graciele Ugulini, e os irmãos Edelvânia e Evandro Wirganovicz foram denunciados pelo Ministério Público por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e falsidade ideológica (apenas Leandro).

A Polícia sustenta a tese de que Graciele e Edelvânia executaram o homicídio usando doses do medicamento Midazolan – a madrasta porque entendia que o menino era um “estorvo” para o relacionamento entre ela e Leandro Boldrini, e Edelvânia em troca de dinheiro, para comprar um apartamento. Ainda segundo o inquérito, Boldrini também teve participação na morte fornecendo o medicamento controlado em uma receita assinada por ele, na cor azul. Já Evandro se tornou o quarto réu do caso, pela suspeita de ter ajudado a fazer a cova onde o corpo do menino foi enterrado.

*Com informações do repórter Renato Oliveira


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895