Bala perdida que matou gaúcho no Uruguai foi disparada por uma policial, aponta perícia
Julio César de Medeiros morreu na noite de domingo, no apartamento onde estava hospedado com a mulher
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A policial responderá a acusação em liberdade, podendo realizar tarefas administrativas dentro da polícia, mas sua arma foi apreendida como medida de precaução. Segundo o El País, o promotor concordou em não solicitar a prisão da funcionária por razões humanitárias, já que, de acordo com o advogado de defesa, Víctor Della Valle, "ela tem três filhos e quatro netos que dependem inteiramente dela".
Della Valle argumentou ainda que a policial não estava preparada para estar “na linha de frente” de um confronto contra criminosos. "Ela é uma mulher com muito peso, com certa idade e problemas cardíacos", disse o advogado ao El País. Ele contou ainda que a agente teve um pico de pressão alta após o episódio. “Ela não estava pronta para escalar muros, atirar com precisão e ainda correr atrás de criminosos”, defendeu.
De acordo com o Della Valle, a policial tinha a intenção de atirar nas pernas do assaltante que estava subindo em uma grade no prédio onde o gaúcho estava hospedado. A bala acabou entrando pela janela de um apartamento do segundo andar, atingindo Medeiros.
O brasileiro chegou a ser socorrido e encaminhado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos. Ele morreu na noite de domingo. O retorno do turista e da esposa estava marcado para o dia seguinte. O corpo de Medeiros ainda está no Uruguai e deve chegar ao Brasil até sexta-feira. Ainda não há informações sobre o velório.