Bandeiras do Brasil e do Rio são hasteadas na Rocinha
Iniciativa marcou retomada do território, no Rio
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O ponto onde estão as bandeiras fica em frente à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas do governo do Estado. Depois do hasteamento, cerca de 300 moradores ficaram no local observando a movimentação policial.
A todo instante, descem veículos da polícia com material apreendido. Motos são a maioria. Mais cedo, policiais desceram com sacos cheios de maconha que haviam sido enterrados por traficantes em fuga. Uma pequena parte do comércio está aberta.
Muitos moradores acompanharam o hasteamento das bandeiras no topo do morro | Foto: Luiza Castro / AFP / CP
Governador conversou com Dilma
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho (PMDB), conversou pela manhã, por telefone, com a presidente Dilma Rousseff sobre a ocupação. Depois que seu helicóptero pousou na Lagoa Rodrigo de Freitas, Cabral fez à presidente um relato do trabalho policial e agradeceu à União o apoio da Marinha, que mais uma vez operou carros blindados para transportar em segurança policiais para dentro das comunidades antes dominadas por traficantes.
Segundo a assessoria de imprensa, o governador acompanhou de casa a operação pela televisão e em telefonemas para o secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame. Por volta das 10h, Cabral chegou ao 23º Batalhão de Polícia Militar (BPM), no Leblon, onde está o Centro de Operações.
Ocupação no fim da madrugada
A Operação "Choque de Paz" ocupou as favelas da Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu às 6h20min deste domingo. Participam da ação três mil homens, apoiados por quatro helicópteros da Polícia Militar, três da Polícia Civil, 18 veículos blindados da Marinha e mais sete da Polícia Militar (caveirões), além de mil policiais militares nas favelas, 1,3 mil nas ruas do Rio, 194 fuzileiros navais, 186 policiais civis, 160 policiais federais e 46 policiais rodoviários.