BM avalia que comércio ilegal foi responsável por tumulto no Camelódromo
Coronel afirma que não houve lojistas regularizados nos atos de depredação no Centro de Porto Alegre
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Na semana passada, a Receita já havia realizado uma ação da Receita Federal no camelódromo, quando um grupo de comerciantes e revoltou e agrediu cinco servidores federais, sendo necessária a presença da BM. Nesta terça, a megaoperação apreendeu cerca de 224 caixas com equipamentos e brinquedos sem nota fiscal e sem o selo do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).
A ação ocorreu em sete estados brasileiros: Bahia, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo, além do Rio Grande do Sul. Em Porto Alegre, a ação foi deflagrada com apoio do Batalhão de Operações Especiais (BOE) da Brigada Militar (BM) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Os fiscais fecharam o prédio do Camelódromo.
Descontentes com a ação, manifestantes derrubaram contêineres da coleta seletiva de lixo nas avenidas Júlio de Castilhos e nas ruas Otávio Rocha e Voluntários da Pátria, espalhando lixo pelas ruas. Aos gritos de "Queremos trabalhar", alguns comerciantes obrigaram lojistas a fecharem os estabelecimentos sob pena de promoverem uma quebradeira generalizada. Apesar da presença da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), o protesto bloqueou ruas e afetou o trânsito na área central, causando congestionamentos.
Comerciantes e prefeitura agendam reunião com superintendente
No início da tarde, um grupo de manifestantes foi até a sede da Prefeitura da Capital, onde se reuniram com o secretário Municipal da Produção, Indústria e Comércio (Smic), Omar Ferri Júnior. No encontro ficou definido que uma comissão integrada por comerciantes, município e Legislativo debaterá a pauta com o órgão federal.