BM coordena busca a criminosos por satélite, em mata de Cotiporã

BM coordena busca a criminosos por satélite, em mata de Cotiporã

Após assalto e sequestro, cinco homens permanecem foragidos na Serra

Correio do Povo e Rádio Guaíba

Policiais elaboram estratégia para capturar criminosos em Cotiporã

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A Brigada Militar (BM) continua a operação para capturar os criminosos que assaltaram uma fábrica de joias em Cotiporã, na Serra gaúcha, e fizeram uma família refém no domingo. Após analisar imagens de satélite, a estratégia, conforme o subcomandante da corporação, coronel Altair de Freitas, é a busca efetiva  na mata por dois grupos de policiais. “A gente vai fazer um pente fino”, resumiu.

Conforme Freitas, os agentes monitoram, com barreiras fixas e patrulhamento móvel, a entrada e saída de veículos ao município e o entorno da mata. Além disso, os policiais estão em contato permanente com os moradores da cidade. O objetivo é colher informações que possam auxiliar nas buscas e tranquilizar a população sobre o andamento da ação.

Mesmo com efetivo mais reduzido - eram 200 PMs nesse domingo e 80 hoje -, a Brigada Militar decidiu abrir duas frentes, com comandos específicos para a área de mata e para as barreiras fixas e móveis nos acessos à cidade. O capitão Rogério Araújo, do Batalhão de Operações Especiais (Boe) de Porto Alegre, assumiu a primeira função, e o major André Luis Pithan, do Boe de Passo Fundo, a segunda.

No QG montado pela BM em Cotiporã, a capitã Helena Beifulls assumiu o comando, nessa manhã. Moradores da cidade procuraram a corporação ainda temendo que a quadrilha faça reféns, sobretudo na zona rural. A orientação, porém, é de que a população tente manter a rotina normal no último dia do ano.

Na reunião, a BM analisou imagens de satélite do Google Earth a fim de monitorar estradas vicinais que possam ser usadas para a fuga dos criminosos que sobreviveram ao confronto ocorrido na madrugada de domingo, quando três integrantes do bando, incluindo o procurado número 1 da Polícia gaúcha, Elisandro Rodrigo Falcão, morreram baleados. Usando explosivos, o grupo havia assaltado a fábrica de joias Guindani, no centro do município, levando o equivalente a cerca de R$ 200 mil em mercadorias.

A avaliação é de que os bandidos estejam sem carro e sem condições de se deslocar na mata da região. O capitão Juliano Amaral, que dirigiu a operação até o início a manhã, disse que, pelo relato das vítimas que foram resgatadas, os cinco parecem perdidos e cansados, além de não terem o que comer. "Nossa ideia é mantermos eles no terreno, ganharmos deles pelo cansaço", explica.

Imagens do circuito interno da fábrica assaltada mostraram que oito assaltantes participaram da ação. A identidade dos cinco que sobreviveram ao tiroteio já é conhecida pelos policiais, mas não foi divulgada. O grupo permanece armado. "Como foram apreendidos fuzil e pistolas de uso restrito, como a .45 e a 9mm, e pelos cartuchos que foram apreendidos no local da ocorrência, com certeza eles estão de posse de armamento longo, como fuzil, e uma infinidade de pistolas de diversos calibres", disse Amaral.

O assalto

Na madrugada deste domingo, criminosos entraram em confronto com a Brigada Militar após uma tentativa de assalto à fábrica de joias Guindani. O grupo usou explosivos para detonar a empresa. Três bandidos morreram no conflito com os policiais, entre eles Elisandro Rodrigo Falcão, o homem mais procurado do Rio Grande do Sul. Ele foi baleado no rosto ao tentar ultrapassar uma barreira policial.

Cerca de 20 horas depois, a Brigada Militar confirmou ter resgatado os reféns. Todas saíram ilesas. O governador Tarso Genro confirmou que irá a Cotiporã nesta terça, onde participará de um almoço com autoridades e com a comunidade.

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