BM instaura inquérito para apurar fuga de ex-PM

 O corregedor da Brigada Militar (BM), coronel Jairo de Oliveira Martins, afirmou que foi instaurado um inquérito policial militar para apurar as circunstâncias da fuga do policial Maiquel de Almeida Guilherme, de 32 anos. Ele foi condenado em 2013 a cumprir uma pena de 22 anos de prisão pelo latrocínio do ex-comandante do Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI), coronel reformado do Exército Júlio Miguel Molina Dias. O homicídio ocorreu em novembro de 2012 e Maiquel estava preso desde dezembro daquele ano.

Ainda durante a noite e madrugada de sábado, 13 pessoas foram ouvidas, entre presos e militares que fazem a guarda do do Presídio Policial Militar, em Porto Alegre. O Instituto-Geral de Perícias (IGP) fez perícia no local. Segundo Martins, no refeitório há marcas de arrombamento. “Na segunda-feira, daremos continuação aos depoimentos e pretendemos finalizar o inquérito ainda na semana que vem”, avisa o corregedor.

O foragido estava no Presídio Militar desde sua prisão provisória, em dezembro de 2012. Além de Maiquel, outro policial, Denys Pereira da Silva, foi condenado a 23 anos de reclusão. Ele já foi excluído da corporação e se encontra no Presídio Central. Ambos os policiais participaram do roubo de armas na casa do coronel do Exército, seguido de morte. A Justiça, na época, rejeitou as hipóteses de motivação política ou passional. Molina foi comandante do DOI-CODI, em 1981, ano do Atentado do Riocentro, no Rio de Janeiro.