BM vai cadastrar telefones de quem passa trote para 190
Meta é reduzir número de ligações desse tipo efetuadas ao serviço de emergência
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Com a medida, o capitão projeta uma diminuição do número de trotes realizados por crianças e adolescentes, já que os pais terão ciência do ocorrido ao tentarem realizar um chamado ao 190. Além do cadastro dos telefones, a BM vai registrar ocorrências junto à Polícia Civil, fornecendo os números para que seja feita uma investigação, a fim de identificar e punir os responsáveis pelos atos.
As medidas, porém, não devem impedir que as ações se repitam. Conforme Urquia, em ligações de orelhão, por exemplo, não há como descobrir quem realizou o trote. Em 2011, mais de 156 mil ligações desse teor foram realizadas em 9 meses, o correspondente a 23% do total. O capitão lembrou que apenas um telefone efetuou 163 ligações em 10 meses.
Ele explicou que há dois tipos de perfis de pessoas que cometem essa atitude. Nos horários de saída das escolas, próximo ao meio-dia e no final da tarde, o mais comum é que jovens passem os trotes. Já à noite e na madrugada, a tendência é de que pessoas solitárias ou depressivas liguem para a polícia e os bombeiros, a fim de conversar. Nesses casos, o policial tenta argumentar que os serviços são exclusivamente para emergências.
Lei que prevê aplicação de multa precisa de regulamentação
Em julho do ano passado, foi sancionada uma lei a partir de um projeto de autoria do deputado estadual Carlos Gomes (PRB) que prevê aplicação de multa aos proprietários de linhas telefônicas fixas ou de celulares pós-pagos que efetuarem trotes. O texto pune quem passar trote para os números 190 (Brigada Militar), 193 (Bombeiros), 197 (Polícia Civil) e 192 (Samu). Para que entre em operação, porém, a lei precisa de uma regulamentação, estipulando a forma da cobrança e os valores aplicados. O processo ainda tramita na Casa Civil.