Bruno alega que se sentiu ameaçado por delegado ao depor sobre Eliza

Bruno alega que se sentiu ameaçado por delegado ao depor sobre Eliza

Goleiro disse que ex-policial conhecido como Bola comentou suposta chantagem de Edson Moreira

AE

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O goleiro Bruno Fernandes afirmou nesta quinta-feira, em depoimento no Tribunal do Júri de Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte, que se sentiu ameaçado pelo delegado Edson Moreira. O delegado é o chefe do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DIHPP) e responsável pela coordenação das investigações sobre o desaparecimento de Eliza Samudio, ex-amante do atleta.

"Ele disse que sabia onde moravam minha mulher e minhas filhas. Por isso não falei nada", afirmou o ex-goleiro do Flamengo. Bruno relatou que conheceu o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, acusado de executar Eliza, na Penitenciária Nelson Hungria. Na ocasião, segundo Bruno, Bola disse que Edson Moreira teria pedido R$ 2 milhões para livrar o goleiro e o ex-policial e incriminar apenas Henrique Ferreira Romão, conhecido como Macarrão, e o primo de 17 anos do atleta.

O promotor Gustavo Fantini afirmou que pedirá a abertura de investigação para apurar as denúncias. A polícia se recusou a comentar as declarações de Bruno. Na semana passada, quando já havia surgido denúncia de tortura, Moreira havia classificado a questão apenas como "estratégia da defesa".

Hoje, Bruno voltou a afirmar que não tinha motivos para matar Eliza e que não teria problema em pagar pensão para o bebê da suposta vítima, cuja paternidade é atribuída ao goleiro. Ele revelou que tinha pré-contrato com o Milan e que receberia salário líquido de R$ 400 mil, além de luvas de R$ 4,2 milhões. No Flamengo, time no qual atuava até ser preso, o goleiro recebia R$ 110 mil líquidos.

"Eliza e Bruninho nunca correram perigo", disse Bruno, em depoimento à juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues. Ele assumiu que é de "99,9%" a chance de ser o pai da criança. "Só falta o exame de DNA. Apresentei para todo mundo como meu filho", afirmou. Foi a primeira vez que Bruno falou oficialmente sobre o caso desde o desaparecimento da ex-amante, no início de junho.

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