Bruno nega sequestro mas admite agressão contra Eliza

Bruno nega sequestro mas admite agressão contra Eliza

Conforme goleiro, menor foi o responsável por agredir a ex-modelo

AE

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O goleiro Bruno Fernandes de Souza negou nesta quinta-feira, em depoimento à Justiça, que a ex-amante Eliza Samudio tenha sido sequestrada ou obrigada a viajar do Rio de Janeiro para o sítio do ex-atleta em Esmeraldas, na região metropolitana de Belo Horizonte. Porém, Bruno assumiu que um primo seu trocou agressões com a ex-modelo. Este é o primeiro depoimento do jogador desde o início das investigações sobre o desaparecimento, em junho, de Eliza.

O goleiro assumiu que um primo dele, um menor já condenado pela morte da jovem, trocou agressões com Eliza após ela xingar Bruno e exigir dinheiro durante uma conversa com o braço direito do atleta, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão. Após as agressões - ele disse que o adolescente também foi ferido -, o goleiro contou que Eliza, que antes havia pedido R$ 1,5 mil, subiu o valor para R$ 50 mil.

Ainda de acordo com Bruno, Macarrão, que era responsável pelo controle dos gastos do atleta, disse à jovem que não teria como disponibilizar essa quantia. "Conversei com o Macarrão e não tínhamos esse dinheiro. Tínhamos R$ 30 mil e ela aceitou", afirmou.

Bruno disse à juíza Marixa Fabiane Lopes que, apesar de aceitar o acordo, Eliza não acreditou que o dinheiro seria depositado em sua conta e afirmou que viajaria com o goleiro para Minas Gerais para receber o valor em dinheiro. "Todas as vezes que eu combinava alguma coisa com ela (relacionado a dinheiro), cumpria. Não tinha motivo para ela desconfiar", afirmou.

Eliza Samudio foi vista pela última vez no início de junho e, apesar de seu corpo nunca ter sido encontrado, o goleiro e mais oito suspeitos respondem a processo por sequestro, cárcere privado e assassinato de Eliza, de 25 anos. Segundo as investigações, ela teria sido obrigada a ir para o sítio em Esmeraldas antes de ser morta pelo ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, a mando do goleiro.

O motivo do crime seria uma disputa pelo reconhecimento da paternidade do bebê de Eliza, atualmente com nove meses e sob a guarda da mãe da jovem, Sônia de Fátima Moura - que desde o início da semana acompanha as audiências sobre o caso. O depoimento de Bruno começou no fim da manhã e não tem previsão para terminar.


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