Bunker de facção criminosa é descoberto pelo Denarc em um sítio em Novo Hamburgo

Um bunker da facção criminosa do Vale do Rio dos Sinos foi descoberto pelo Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc) da Polícia Civil em um sítio no bairro Lomba Grande, em Novo Hamburgo. Houve a apreensão de dois quilos de crack e um quilo de cocaína, além de quatro pistolas calibre nove milímetros, em torno de 150 munições, dez carregadores, três coletes balísticos, um kit roni que transforma pistola em submetralhadora e um morteiro de utilização militar.

Coordenada pelo delegado Gabriel Borges, a operação Bellicus resultou ainda no recolhimento de cerca de R$ 45 mil em dinheiro, seis telefones celulares, um rádio comunicador, um carregador de tornozeleira eletrônica, uma balança de precisão, uma máquina de cartão e três cadernos de anotação do tráfico de drogas. Um suspeito foi preso em flagrante.

A investigação durou em torno de três meses. O trabalho policial começou após o monitoramento de um comércio e distribuição de grande quantidade de armas de fogo e entorpecentes, partindo de Novo Hamburgo para toda a Região Metropolitana de Porto Alegre.

“Com o avanço da investigação foi possível identificar a forma de atuação do grupo, fornecendo crack e cocaína em grande escala para venda, além de vender a alugar armas de fogo para os membros da facção”, observou o delegado Gabriel Borges.

Com a identificação dos dois principais envolvidos no esquema, o Denarc obteve três ordens judiciais de busca e apreensão domiciliar em três imóveis utilizados pelos suspeitos, sendo cumpridos nessa segunda-feira. Um deles era o sítio de alto padrão, que escondia um bunker em um quarto. Instalado com a finalidade de esconder uma pessoa, o bunker possuía iluminação e eletricidade.

Um segundo suspeito fugiu durante a ação e rompeu a tornozeleira eletrônica para evitar ser localizado, mas já está devidamente identificado. O delegado Gabriel Borges destacou o poder de fogo e organização da facção criminosa, “possuindo em suas mãos materiais de guerra e até mesmo um bunker”. Ele ressaltou ainda a importância de investigações que “enfraqueçam estes grupos”. O delegado Gabriel Borges assegurou que o trabalho investigativo terá prosseguimento.