Buscas na mata de Gramado dos Loureiros podem terminar na segunda-feira
Pelo menos oito soldados do Batalhão de Operações Especiais ficarão na reserva
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A Brigada Militar solicitou à Secretaria de Segurança Pública que agilize a necropsia do criminoso morto, sábado, ao trocar tiros com os PMs na localidade de Linha Daer, no município. Testemunhas confirmaram que o homem foi o que baleou as duas vítimas fatais, no dia em que a quadrilha atacou o posto bancário. A meta é saber de que parte do Estado o suspeito veio e chegar aos comparsas dele, foragidos na mata nativa da reserva indígena de Bananeiras, de 34 mil hectares. Nessa tarde, um helicóptero começou a auxiliar nas buscas, mas ninguém foi encontrado até a noite de domingo.
Conforme o comandante regional da BM na Região Planalto, o efetivo pretende continuar na cidade até capturar o restante da quadrilha, mas não descartou encerrar as buscas nesta segunda-feira . O coronel Pedro Luiz Lima supõe que sejam só mais dois os foragidos. Há quase 160 PMs trabalhando na região, incluindo patrulheiros rodoviários e soldados do Batalhão de Operações Especiais (BOE) de Passo Fundo. Pelo menos oito soldados do BOE ficarão na reserva, por tempo indeterminado.
Lima informou, ainda, que o assaltante morto no sábado chegou a oferecer a arma e parte do dinheiro que portava em troca de guarida na casa onde se escondeu. Encontrado em um porão, o criminoso usava colete à prova de balas de uma empresa de segurança privada da Capital. Além de um revólver calibre .38, carregava R$ 8,5 mil em notas de R$ 10 e R$ 50. O corpo permanece no DML de Erechim. Branco e aparentando menos de 40 anos, o morto tem duas tatuagens, num dos braços e no pescoço.
Além do suspeito morto, cinco suspeitos haviam sido detidos, incluindo três indígenas que podem ter dado suporte ao bando. A Polícia não descartou, ainda, a tese de que os índios da reserva sejam os chefes da quadrilha e que o bando tenha sido arregimentado, na região Metropolitana, para efetuar o assalto.
O assalto ao posto do Banrisul tirou a vida do ex-prefeito de Gramado dos Loureiros, Alivino Machado, que organizava a agenda da governadora Yeda Crusius na região Planalto. Ele foi baleado observando a ação da quadrilha da janela da Prefeitura, e morreu um dia depois do crime. O funcionário do Executivo Valdecir Alves Batista, que operava uma retroescavadeira em frente ao posto bancário, também foi baleado e morreu.