Cães se formam em curso militar, em Porto Alegre

Cães se formam em curso militar, em Porto Alegre

Animais e os seus parceiros policiais participaram das aulas no Batalhão de Polícia de Choque

Correio do Povo

Formatura da Brigada Militar teve 30 cães das raças pastor alemão, pastor malinois e labradores.

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Uma formatura da Brigada Militar chamou a atenção na manhã desta sexta-feira na Academia de Polícia Militar, em Porto Alegre. O encerramento do 6º Curso de Cinotecnia, realizado durante 45 dias no Canil Central do 1º Batalhão de Polícia de Choque (1º BPChq), reuniu 30 cães das raças pastor alemão, pastor malinois e labradores. Eles estavam acompanhados dos respectivos parceiros, em sua maioria policiais militares oriundos de várias unidades da BM, sendo 28 praças e dois oficiais. Integrantes do Exército Brasileiro e da Polícia Militar de Santa Catarina também estavam juntos.

O comandante do 1º BPChq, tenente coronel Cláudio dos Santos Feoli, explicou que o objetivo do 6º Curso de Cinotecnia é o de “solidificar a doutrina que existe na instituição e multiplicá-la”. Segundo ele, os cães policiais atuam em eventos esportivos, demonstração de adestramento, faro de drogas, armas e munição, localização de pessoas vivas ou mortas, buscas em matas, detecção de explosivos e intervenção em estabelecimentos prisionais, entre outras. “É uma ferramenta que o policiamento ostensivo utiliza”, acrescentou.

Um cuidado com os cães é de que as atividades sejam lúdicas. De acordo com o comandante do 1º BPChq, a relação entre o policial militar e o animal é muito grande. “Há uma simbiose nesta interação entre os dois. Há um apreço pelo animal como se fosse um policial. Está conosco no dia a dia, na chuva, no sol, nas atividades que desempenhamos. Temos todo o respeito e cuidado no trato dos cães”, enfatizou, salientando que o efetivo canino é considerado realmente parte da corporação.

O binônimo policial e cão é chamado de conjunto cinotécnico. A escolha e triagem do animal para integrar-se à atividade policial envolve inúmeros critérios e até avaliações veterinárias. “Ele não pode ser muito dócil e nem muito feroz”, observou o comandante do 1º BPChq, referindo-se ao temperamento exigido. “O cão obedece e reconhece somente um dono, que no caso é o policial”, disse.

O tenente coronel Cláudio dos Santos Feoli ressaltou ainda que a doutrina cinotécnica é emanada pelo Canil Central do 1ºBPChq para os outros 11 canis da BM no Estado. Ele revelou inclusive que pretende realizar um fórum com todos os canis no próximo semestre deste ano. “Há dois anos a estrutura dos canis da BM foi reestruturada para otimizar tanto o trato dos cães como a doutrina e atendimento dos Municípios”, apontou.


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