Cai número de boatos e fake news de ameaças contra escolas no RS

Cai número de boatos e fake news de ameaças contra escolas no RS

Polícia Civil segue monitorando redes sociais e apurando denúncias da comunidade

Correio do Povo

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O número de boatos com ameaças contra escolas caiu drasticamente nos últimos dias no Rio Grande do Sul. “Percebemos que houve uma baixa grande disso em função da atuação do sistema de prevenção e repressão penal das polícias e do trabalho do sistema de inteligência”, avaliou o Chefe de Polícia Civil, delegado Fernando Sodré. “Nós estamos fazendo um levantamento diário e um acompanhamento permanente das ameaças”, afirmou, constatando que “pouquíssimos” casos efetivamente poderiam configurar uma ameaça real, mas “agimos igual”.

Ele estimou que um número muito reduzido do que já foi investigado apresentou algum potencial risco. Até quem passou trotes foi responsabilizado e os autores de reais ameaças foram alvos de ação policial. “Todas as medidas repressivas foram tomadas”, enfatizou.

“Nós temos o acompanhamento de todas as questões que envolvem não apenas redes sociais, mas também as denúncias que recebemos, tanto em nível de inteligência da Polícia Civil como delegacias distritais e departamentos operacionais”, disse. “Estamos mantendo um vasculhamento das redes e um controle a todo o tempo", acrescentou.

As ocorrências são encaminhadas para o acompanhamento da Secretaria da Segurança do Estado. O delegado Fernando Sodré observou que o trabalho envolve também uma troca constante com outras instituições nas esferas municipal, estadual e federal, inclusive da área educacional.

A reportagem do Correio do Povo apurou que a rede de inteligência foi potencializada para tratar de todos os casos, após o ataque em Blumenau, em Santa Catarina, e a onda de ameaças, boatos e trotes que surgiu em seguida nas redes sociais. Cada uma das 32 delegacias regionais da Polícia Civil possui um serviço de inteligência policial e análise criminal, onde os agentes não apenas vasculham a internet como também recebem informações via denúncias.

As delegacias dos municípios que compõem cada região são acionadas para apurar determinada situação, mas também fazem o caminho inverso e abastecem o respectivo setor de inteligência. Autoridades municipais podem ser igualmente contatadas caso seja necessário.

Ao mesmo tempo, o Departamento de Polícia Metropolitana e o Departamento de Polícia do Interior são informados e, sucessivamente, a Divisão de Inteligência Policial e Análise Criminal da Polícia Civil e o Gabinete de Inteligência e Assuntos Estratégicos (GIE) da PC, que por sua vez está em rede compartilhada com a esfera federal, como Ministério da Justiça e da Segurança Pública (MJSP) e Polícia Federal.


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