Casal é executado a tiros dentro da residência no bairro Partenon, em Porto Alegre

Casal é executado a tiros dentro da residência no bairro Partenon, em Porto Alegre

Quatro indivíduos armados e encapuzados invadiram a casa das vítimas ao amanhecer desta segunda-feira

Correio do Povo

Crime ocorreu na rua Nestor Ramos de Oliveira

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Um casal foi executado ao amanhecer desta segunda-feira no bairro Partenon, em Porto Alegre. Situada na rua Nestor Ramos de Oliveira, a residência das vítimas foi invadida por quatro indivíduos armados e encapuzados. O homem, um apenado do regime semiaberto e com tornozeleira eletrônica, de 25 anos, e a mulher, de 32 anos, foram mortos com tiros de pistolas calibres nove milímetros. 

A filha dela, de dez anos, de um relacionamento anterior, foi poupada e escapou ilesa do ataque. A moradia do casal fica nos fundos, sendo arrombadas duas portas. Acionados por vizinhos em torno das 5h30min, os policiais militares do 19º BPM compareceram no local, que ficou isolado para o trabalho do Instituto-Geral de Perícias (IGP), através do Departamento de Criminalística e Departamento Médico Legal. O caso será investigado pela 1ª Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (1ª DPHPP). 

O delegado plantonista Augusto Zenon observou que os autores do crime conheciam o local onde as vítimas residiam. “Já era programado, sabiam onde moravam e já vieram para fazer o duplo homicídio”, explicou à reportagem do Correio do Povo. “Estavam de preto e capuz, gritaram ‘Polícia’ como uma forma de entrar na casa”, acrescentou. “Contra ele foram diversos disparos na cabeça”, frisou. Já na mulher, os tiros atingiram o rosto, tórax e braço. “Ao que parece, o alvo principal era ele, mas não pouparam ela”, avaliou.

“A gente já tem algumas linhas de investigação...Estamos nos primeiros passos”, adiantou o delegado Augusto Zenon. O casal tinha antecedentes criminais. “O histórico de ambos é de muitos furtos, roubos...”, constatou. No interior da casa foram encontrados vários produtos de origem ilícita, muitos iguais e ainda com notas e tíquetes de alarmes nas mercadorias.

“O rapaz estava com tornozeleira eletrônica. Era vinculado a uma facção dentro do presídio...”, enfatizou. O delegado Augusto Zenon especulou que a vítima pode ter se envolvido com “alguma desavença” dentro do sistema prisional ou depois já em liberdade. “Agora segue a investigação habitual”, resumiu. 

Foto: Guilherme Almeida / CP


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