Caso Bernardo: "Não matei o menino, só abri a cova", diz Edelvânia

Caso Bernardo: "Não matei o menino, só abri a cova", diz Edelvânia

Ré inocentou o irmão de qualquer envolvimento na morte do menino em Três Passos

Agostinho Piovesan

Ré inocentou o irmão de qualquer envolvimento na morte do menino em Três Passos

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Pela primeira vez após ter sido presa, Edelvânia Wirganovicz quebrou o silêncio e falou com a imprensa nesta quarta-feira, em frente ao Foro de Frederico Westphalen. Abatida, ela afirmou não ter assassinado o garoto Bernardo Boldrini e que seu irmão, Evandro - outro acusado de envolvimento no crime é inocente. A Justiça ouviu seis testemunhas de defesa. Antes do início dos depoimentos, familiares dos irmãos Wirganovicz fizeram um protesto em frente ao Foro. Com cartazes, eles pediam a liberdade de Evandro.

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No final da audiência, por volta das 11h30min, Edelvânia pediu para falar com a imprensa. Acompanhada de seu advogado, Demetryus Grapiglia, a ré, emocionada, frisou não ter participado diretamente da morte do menino. “Eu não matei o Bernardo. Eu somente abri a cova”, afirmou.

Alternando crises de choro com momentos de calma, Edelvância disse sofrer pelo irmão preso. Segundo ela, Evandro estaria pagando por algo que não cometeu. Seu maior desejo, salientou, é o irmão poder passar o Natal com a família. “Todo mundo sabe que ele não é capaz de fazer alguma coisa contra uma criança”, assegurou.

“Não tem participação nenhuma do Evandro no crime”, defendeu Edelvânia, saindo sem responder outras perguntas.
O corpo de Bernardo Boldrini, 11 anos, foi encontrado na noite de 14 de abril deste ano. Ele estava enterrado em uma cova aberta às margens do rio Mico, na linha São Francisco, em Frederico Westphalen. O local é próximo à casa da mãe dos irmãos Wirganovicz.

O garoto foi dado como desaparecido no dia 4 de abril. No decorrer das investigações, a Polícia descobriu que a madrasta, Graciele Ugulini, saiu de Três Passos - onde a família residia - em direção a Frederico Westphalen, levando o menino. Câmeras de segurança de um posto de combustíveis, no centro de Frederico Westphalen, registraram a madrasta saindo de seu carro e entrando no carro de Edelvânia com o garoto. Além dos irmãos Wirganovicz, estão presos o pai do garoto, o médico Leandro Boldrini e a madrasta.


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