Caso Brennand: audiência por estupro é encerrada sem sentença
O interrogatório do empresário durou duas horas; durante a sessão, também foram ouvidas duas testemunhas de defesa
publicidade
A audiência de instrução do primeiro julgamento de Thiago Brennand foi encerrada, nesta quarta-feira, no Fórum de Porto Feliz, no interior de São Paulo, sem uma sentença. Nesse processo, o empresário é acusado de estuprar uma norte-americana, de acordo com o MPSP (Ministério Público de São Paulo).
Com início às 14h05, a sessão durou cerca de quatro horas. Segundo o TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo), Brennand foi interrogado por duas horas de forma virtual, pois ele cumpre prisão preventiva no CDP I (Centro de Detenção Provisória) de Pinheiros, na capital paulista. Duas testemunhas de defesa também foram ouvidas durante a audiência.
"As partes solicitaram diligências e juntada de documentos. Após a conclusão dessas diligências, será dado prazo às partes para apresentação de memoriais. Em seguida, os autos serão encaminhados ao juiz para sentença", informou o TJSP em nota.
O objetivo da diligência é recolher elementos que comprovem a participação de um acusado em um crime por meio, por exemplo, da busca de provas e da apuração de infrações penais. O juiz que vai determinar o prazo para a realização dessa investigação.
Após a conclusão dessas diligências, será dado prazo de cinco dias úteis para a acusação e para a defesa para apresentação de memoriais, que são as alegações finais de forma escrita. No final desses dez dias, o juiz terá mais dez dias para decidir a sentença.
Em maio, a denunciante norte-americana foi ouvida na primeira parte da audiência de instrução. Na época, ela já afirmou que Brennand teria apresentado um comportamento gentil, mas passou a agir de maneira agressiva até chegar ao ponto de obrigá-la a manter relações sexuais. O empresário ainda a teria ameaçado com a divulgação de imagens íntimas.
Processos
Nos nove processos em que é réu, Brennand também é acusado de crimes como sequestro, cárcere privado, agressão física e ameaça. Os casos que envolvem Thiago Brennand ganharam repercussão depois que ele foi flagrado por câmeras de segurança ao agredir a modelo Alliny Helena Gomes, em uma academia no Shopping Iguatemi, localizado em área nobre da capital paulista, no dia 3 de agosto do ano passado. Após a exposição, outras mulheres decidiram denunciá-lo.
A estudante de medicina Stefanie Cohen, de 30 anos, é outra das denunciantes. Em outubro, ela contou ao R7 que foi estuprada por Brennand. Na época, ela disse que foi dopada e sofreu abuso: "Percebi que falar sobre isso faz parte da minha cura".
Ainda em outubro, a Promotoria fez nova denúncia contra o empresário, pela agressão ao garçom Vitor Igor Rodrigues Machado, de 26 anos, em um condomínio de Porto Feliz, no interior do estado. Em outra denúncia, ele foi acusado de crime de ameaça e contravenção penal de vias de fato (quando há uma agressão física leve) contra Agostinho Rodrigues da Silva, de 54 anos, caseiro do condomínio onde vivia.
O Ministério Público também acusa Brennand de ter cometido crimes contra uma mulher que diz ter sido obrigada a tatuar as iniciais dele. A defesa de Brennand já foi procurada em várias oportunidades para se manifestar sobre as acusações e não se pronunciou. Em vídeos publicados na internet, o empresário já se disse vítima de perseguição e de inveja.
