Caso Gabriel: comandante da BM quer evitar repetição no futuro e enfatiza foco na lei e na vida
Coronel Claudio dos Santos Feoli reuniu nesse domingo o Conselho Superior da Brigada Militar em Porto Alegre
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O Comando-Geral da Brigada Militar reuniu todos os 26 coronéis da ativa e que integram o Conselho Superior da BM nesse domingo em Porto Alegre. O encontro ocorreu no quartel-general da instituição e teve como tema o caso da morte do jovem Gabriel Marques Cavalheiro, de 18 anos, em São Gabriel.
“Julgamos necessária a reunião para que nós pudéssemos avaliar o ocorrido e verificar formas de evitar que isso futuramente venha a se repetir…”, explicou o comandante-geral da BM, coronel Claudio dos Santos Feoli, na manhã desta terça-feira à reportagem do Correio do Povo.
“São necessárias ações de fiscalização, controle e acompanhamento de nossos policiais e da rotina...isso tem já sido feito na medida em que nossa Corregedoria-Geral tem um efetivo dedicado a essa função, com fomento de equipamento recentemente adquirido”, acrescentou.
“É importante que nós possamos valorizar as ações policiais da maioria da Brigada Militar, dos 18 mil policiais que a BM é composta…”, complementou. “A instituição é vocacionada para preservar a lei e salvar vidas… e essa é a premissa que nos move...” frisou. “Aqueles policiais que eventualmente não estiverem dentro desse foco, não entenderem o foco, sequer podem ser chamados de policiais”, enfatizou.
Caso
O corpo de Gabriel Marques Cavalheiro foi localizado na tarde da última sexta-feira em um açude na localidade de Lava Pé, no interior de São Gabriel, após buscas da Brigada Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul. Morador de Guaíba, ele estava na cidade para cumprir o serviço militar obrigatório. As informações apontam que o jovem foi abordado na avenida 7 de Setembro, no bairro Independência, por três policiais militares em uma viatura, na noite do dia 12 deste mês. Depois não foi mais visto nos dias seguintes.
Os três policiais militares, um sargento e dois soldados, foram presos ainda na noite de sexta-feira e encontram-se recolhidos no presídio militar em Porto Alegre. A Corregedoria-Geral da Brigada Militar instaurou um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar o caso. A Polícia Civil também abriu um inquérito e já encaminhou um pedido de prisão preventiva dos três brigadianos ao Poder Judiciário.