Chacina em Magistério: homens teriam sido mortos por acerto de contas de facção criminosa

Chacina em Magistério: homens teriam sido mortos por acerto de contas de facção criminosa

Verdadeiro alvo dos criminosos não estaria em casa no momento do ataque

Felipe Faleiro

Polícia acredita que duas das três vítimas pertenciam à facção Bala na Cara

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Podem ter sido vítimas de acerto de contas dois dos três homens, de 48 e 24 anos, mortos por atiradores por volta das 8h10min desta quarta-feira em uma residência na esquina das ruas Santa Cruz do Sul e Rui Barbosa, na praia de Magistério, em Balneário Pinhal, no litoral norte. As circunstâncias do crime são investigadas, e imagens de câmeras de segurança já estão em poder da Polícia Civil para averiguar as motivações. Delegados locais não quiseram gravar entrevista, mas segundo a polícia , eles teriam sido mortos por membros da mesma facção criminosa à qual pertenciam, os Bala na Cara, que atua em Balneário Pinhal.

A terceira vítima foi um adolescente de 16 anos, que, conforme apuração da reportagem, nada tinha a ver com os demais executados, mas foi utilizado pelos autores para indicar a casa onde moraria “Beleza”, o homem apontado como alvo. Ele não estava em casa no momento do crime. Os atiradores chegaram em um veículo de cor prata, entraram na residência e alvejaram ambos à queima-roupa. No momento do ataque, havia mais pessoas na casa, inclusive crianças. Uma análise preliminar aponta que foram recuperados entre 40 e 50 projéteis e estojos de calibre 9 milímetros e .40, no local.

Na mesma residência, há alguns anos, já houve apreensão de drogas, após uma operação do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc). No entanto, segundo disseram à reportagem fontes ligadas à Polícia Civil, a ação anterior não teve relação com o atual crime. Outra fonte afirmou que há uma verdadeira guerra entre facções ocorrendo no município do litoral norte há pelo menos dez anos, tanto por parte dos Bala na Cara, originários de Porto Alegre, que rivalizam com Os Manos, do Vale do Sinos, ainda que o crime atual tenha sido motivado por disputas entre uma mesma facção.

Um vizinho, que não quis se identificar, falou à reportagem que apenas ouviu “diversos disparos”. “Foi tudo muito rápido. Aqui é uma região tranquila e não estávamos acostumados com isto. Eram pessoas tranquilas, a gente cumprimentava e não tínhamos problemas com eles”, relatou o homem, que mora na região há quatro anos. O Instituto-Geral de Perícias (IGP) esteve no local ainda no período da manhã.

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