Chocolate que fez jovens passarem mal é encaminhado para análise

Chocolate que fez jovens passarem mal é encaminhado para análise

Polícia trabalha com várias linhas de investigação em Livramento<br />

Correio do Povo

Chocolates estavam em um estojo infantil de material escolar

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Mistério em Santana do Livramento. A Polícia Civil investiga o caso de três irmãos e uma amiga intoxicados após consumirem chocolates encontrados na rua. Durante a tarde dessa quarta, a mãe das vítimas caminhava na avenida Francisco Reverbel de Araújo Góes, nas imediações do Viaduto do Armour, quando deparou-se com um estojo infantil de material escolar, contendo chocolates, caído no chão.

Na noite, depois da janta, os filhos dela, de 16, 18, 24, e a amiga de 25 anos comeram os chocolates que haviam sido colocados na geladeira. Em seguida começaram a passar mal, sendo levados imediatamente para os dois hospitais da cidade. A Brigada Militar foi acionada. Um dos brigadianos relatou o forte odor irritante exalado das embalagens. Todo o material foi recolhido.

O caso está sendo investigado com prioridade pela equipe da titular da DP de Santana do Livramento, delegada Giovana Müller. Ela explicou que o material apreendido foi enviado à análise laboratorial do Departamento de Criminalística, incluindo ainda amostras dos vômitos das vítimas recolhidas nos hospitais. Os agentes não sabem por enquanto o que provocou a intoxicação, sendo cogitado desde um veneno ou até um produto químico presente no chocolate. “As embalagens não estavam violadas”, constatou, referindo-se à possibilidade da substância tóxica ter sido injetada.

A delegada Giovana Müller observou também que está sendo verificada o motivo dos chocolates estarem na via pública. Entre inúmeras hipóteses examinadas estão um ato proposital de alguém tendo vítimas aleatórias ou uma vingança contra alguém que acabou não sendo efetivada ou que deu certo. Uma outra hipótese apurada é de que se trate de uma tarefa do jogo Baleia Azul. “São várias linhas que estamos investigando”, resumiu, alertando para o cuidado de não ser ingerido nada do que for encontrado na rua. O alerta, lembrou, é sobretudo dentro na família e na escola.

Os intoxicados estão em uma situação melhor de recuperações graças aos esforços e ações imediatas adotadas durante o atendimento médico. “É uma situação difícil de acontecer. Trata-se de uma exceção e que demonstra uma atuação dolosa pois houve um envenenamento”, avaliou, garantindo que o trabalho investigativo buscará a autoria do crime.

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