Compartilhamento de dados avançará ações na área da segurança

O Rio Grande do Sul e a Porto Alegre anunciaram uma parceria que promete ser inovadora na área de Segurança Pública e no uso de tecnologia. Através da assinatura de um Termo de Cooperação de Compartilhamento de Dados, realizada nessa quinta-feira, no Paço Municipal, prefeitura, governo estadual, Tribunal de Justiça e Ministério Público vão compartilhar de forma integrada, através de um big data, informações sobre criminosos procurados e foragidos do sistema prisional ou com algum tipo de medida restritiva.

A parceria permite a integração de um banco de imagens, que possibilita o uso de sistema de reconhecimento facial e biométrico dos indivíduos. O trabalho, que será feito exclusivamente por servidores específicos e com qualquer tipo de divulgação vedada, tem vigência de 90 dias. A qualquer momento, no entanto, ele poderá ser prorrogado através de um termo aditivo em concordância de todos os participantes.

Após o lançamento da iniciativa, o prefeito Nelson Marchezan Júnior afirmou que a operação de integração deverá se tornar permanente. “Provavelmente, em integração de dados, é o passo mais avançado que está se dando no Brasil”, destacou, ao dizer que os equipamentos e os hardwares de reconhecimento ainda devem ser aprimorados. “Acho que o resultado final é tornar, cada vez mais, o ambiente de Porto Alegre inóspito para realização de qualquer crime e para convivência de criminosos com a nossa sociedade”, ressaltou o chefe do Executivo.

O vice-governador, delegado Ranolfo Vieira Júnior, disse que atualmente não há como falar em segurança pública sem se pensar no uso de tecnologia. Ele ressaltou que um teste já foi feito na Copa América, na Arena do Grêmio, utilizando os sistemas para identificar torcedores com proibição judicial de entrar em estádios de futebol e que a experiência foi positiva. “No dia a dia o foragido que passar próximo de uma câmera de monitoramento vai ser detectado e vai passar para os centros integrados de comando e controle da prefeitura e do Estado. É a tecnologia à disposição da Segurança Pública”, afirmou.

Pela prefeitura, a Secretaria de Segurança (SMSEG) terá acesso à base de dados através da Procempa. O município é responsável por alertar sobre pessoas suspeitas - via sistema de consultas integradas - e disponibilizar imagens e dados do cercamento eletrônico. Os alertas são enviados ao Centro Integrado de Comando da Cidade (CEIC) e ao Departamento de Comando e Controle Integrado (DCCI) do Estado.