Conselho pede esclarecimentos sobre ação que terminou com 26 mortos

Conselho pede esclarecimentos sobre ação que terminou com 26 mortos

Caso ocorreu em Varginha, em Minas Gerais

R7

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O Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos de Minas Gerais pediu ao Governo de Minas Gerais esclarecimentos sobre a ação policial que terminou com a morte de 26 suspeitos de assalto a banco em Varginha, a 320 km de Belo Horizonte.

O documento foi endereçado à Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e à Ouvidoria de Polícia, nesta terça-feira. O texto pede informações oficiais sobre o ocorrido "notadamente no que se refere à morte de todos os supostos infratores".

O documento questiona "o registro midiático de declarações exaltadas de agentes públicos louvando o “resultado” da operação, com intuito duvidoso, como se fosse prática exitosa, regular e legítima no Estado Democrático de Direito suposta estratégia de eliminação de adversários em confrontos".

"Compreendemos que o êxito de toda e qualquer ação de segurança pública, prerrogativa constitucional indisponível, deve se harmonizar com o princípio republicano e democrático, com os direitos fundamentais e com a dignidade da pessoa humana", destaca trecho do ofício.

O Conselho também pede ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) que a Promotoria de Controle da Atividade Policial realize "procedimentos formais" quanto ao assunto. O órgão informou que vai investigar o caso. Um grupo especial com quatro promotores foi criado para acompanhar a pauta. O R7 acionou o Governo de Minas para comentar sobre o ofício do Conselho e aguarda retorno.

Confronto

O confronto entre os suspeitos e os agentes da Polícia Rodoviária Federal e do Bope (Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar) aconteceu na madrugada do último domingo na área rural de Varginha.

Segundo as investigações, o grupo era responsável por mega-assaltos a agências bancárias, crime conhecido como "novo cangaço" e estariam preparando novas investidas criminosas. Os suspeitos estavam em dois sítios. Um grande arsenal com armas e munições foi encontrado nos locais.

Após a confirmação da operação, o governador Romeu Zema (Novo) usou as redes sociais para parabenizar os agentes da operação. "Em Minas a criminalidade não tem vez. As Forças de Segurança do Estado trabalham com inteligência e integração para impedir ações criminosas", escreveu


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