Corpo de Bombeiros recebe mais de 70 viaturas no aniversário de 129 anos

Corpo de Bombeiros recebe mais de 70 viaturas no aniversário de 129 anos

Corporação recebeu motos aquáticas, quadriciclos, veículos leves, camionetas e caminhões em evento que contou com a presença de Eduardo Leite

Guilherme Sperafico

Caminhões, carros, motos aquáticas e quadriciclos foram recebidos nas comemorações

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O Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul comemorou seu aniversário de 129 anos com direito a um presente que beneficiará a corporação em diferentes municípios do Estado. Em evento realizado no final da tarde de segunda-feira, que contou com a presença do governador Eduardo Leite, foram entregues mais de 70 viaturas para atendimento de emergências climáticas e salvamentos. A solenidade ocorreu na sede do comando-geral dos Bombeiros, em Porto Alegre.

Com um investimento de R$ 23 milhões, o Governo do Estado entregou 20 quadriciclos, 15 motos aquáticas, oito veículos leves (carros), 20 camionetas e 10 caminhões auto bomba tanque. O principal objetivo das novas viaturas, segundo a corporação, foi modernizar e fortalecer as capacidades operacionais.

Primeiro a discursar, o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Eduardo Estêvam Camargo Rodrigues, lembrou dos seus predecessores que serviram à corporação e fizeram parte dos 129 anos de história. Ele alçou o protagonismo aos mais de 3 mil bombeiros militares que atuam no Estado, com o lema “preservando valores, acompanhamos o futuro”.

Ao exaltar os agentes, o comandante também lembrou do expressivo aumento na demanda de atendimentos. “Como carinhosamente manifestamos intramuros, buscamos ser uma fábrica de resultados em prol da sociedade. Nos desdobramos e não esmorecemos diante do aumento exponencial de nossos serviços, que saltaram de 36 mil chamados em 2017 para 120 mil em 2023”, relatou.

Diante do presente de aniversário recebido do Estado, o coronel ressaltou que as novas viaturas foram destinadas de forma isonômica pelos municípios, que dificilmente teriam condições de adquiri-las com recursos próprios. Também falou sobre a modernização que elas representam para os novos desafios, como as mudanças climáticas. “Além dos tradicionais caminhões de combate a incêndio, as camionetas foram adaptadas para enfrentar as enchentes e os veículos para locais de difícil acesso. Tudo isso dará o suporte necessário para as nossas forças de resposta rábida a desastres”, afirmou.

Por fim, o comandante também entregou um convite ao governador Eduardo Leite, para que compareça à abertura do Congresso Nacional das Bombeiras Militares, que acontece no mês de junho em Bento Gonçalves. Esta será a primeira vez que o Rio Grande do Sul sediará o evento.

Logo após o comandante, o secretário estadual de segurança, Sandro Caron, saudou todas as autoridades presentes, em especial os bombeiros e policiais militares. “Não há dúvida alguma que os melhores profissionais de segurança pública do Brasil estão aqui”. Ele exaltou os trabalhos realizados no ano passado durante as enchentes, lembrou os investimentos recentes e explicou que os quadriciclos e motos aquáticas vão auxiliar na efetividade dos salvamentos.

Nas mesma linha, o governador Eduardo Leite reforçou que o Estado realizou um investimento de R$ 112 milhões na instalação do novo sistema de radiocomunicação digital, que já está em fase de instalação e beneficiará todas as forças da segurança pública.

Leite disse estar feliz de poder viabilizar as aquisições, mas pediu apoio dos deputados presentes para a necessidade de ter, segundo ele, um equilíbrio fiscal. O governador defendeu que as medidas adotadas pelo seu governo visam aumentar as receitas para, também, aumentar os investimentos. “Esse final de semana ouvi uma frase que traduz muito bem o que deve estar sobre os olhares atentos de quem é gestor público. Carga tributária mais alta é ruim, mas tem uma coisa pior do que uma a carga tributária ser elevada, que é um governo sem dinheiro”, afirmou. Ainda segundo o governador, um Estado sem dinheiro “pune” a sociedade com a falta de prestação de serviços públicos essenciais.

Ao final, Leite disse que oferecer melhores condições de trabalhos aos bombeiros, que escolheram a missão de entregar a própria vida para proteger a vida da sociedade, mas disse que não se pode perder uma vida “evitável”, por conta da falta de condições adequadas de trabalho.


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