Corregedoria conclui inquérito sobre Paraisópolis e aponta ação lícita da PM
Ocorrência no baile funk deixou nove mortos por pisoteamento em dezembro de 2019
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A Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo concluiu, nesta sexta-feira, o inquérito que apurava a conduta dos policiais militares envolvidos na ação que culminou nas mortes de nove jovens em 1º de dezembro, em Paraisópolis. O documento foi enviado ao Ministério Público do Estado, que fará a avaliação sobre as conclusões. A informação foi confirmada à reportagem do R7 pelo Coronel Marcelino Fernandes, que afirmou que o MP ainda pode devolver o inquérito para diligências.
Segundo informações da Record TV, o documento da Corregedoria, que possui mais de 1.600 páginas, aponta que a ação dos policiais foi lícita e que eles agiram em legítima defesa. A Polícia Civil, no entanto, segue na apuração sobre a ação dos policiais militares envolvidos no Baile da Dz7.
Por meio de nota a SS-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo) afirmou que "A Corregedoria da PM concluiu o Inquérito Policial Militar (IPM) que apurava a conduta dos policiais que participaram da ocorrência em 1º de dezembro, em Paraisópolis. O IPM segue sob sigilo, conforme o Código de Processo Militar. O documento foi encaminhado à Justiça Militar Estadual que oferecerá à apreciação do Ministério Público Estadual. O inquérito instaurado pela Polícia Civil segue em andamento no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP)".
O caso
Em 1º de dezembro passado, após uma ação da Polícia Militar durante o Baile da Dz7, em Paraisópolis, nove jovens morreram supostamente pisoteados e outros se feriram durante a confusão. À época, os agentes envolvidos na ação apontaram o pisoteamento como a causa das nove mortes. No mesmo dia do baile, porém, a União dos Moradores e do Comércio de Paraisópolis criticou a ação da Polícia Militar. Em nota, a entidade afirmou que "quem deveria proteger acaba provocando mais violência" na comunidade da zona Sul.