Defensoria Pública quer ouvir PM sobre denúncias de violações no Jacarezinho

Defensoria Pública quer ouvir PM sobre denúncias de violações no Jacarezinho

Pelo menos três das sete pessoas mortas durante os confrontos, não tinha envolvimento com o crime

Agência Brasil

Defensoria está questionando se as sete mortes ocorridas na favela desde o início das operações estão sendo investigadas

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Defensoria Pública do Rio de Janeiro enviou à Secretaria Estadual de Segurança e à Polícia Militar um ofício pedindo informações e providências sobre possíveis violações de direitos na comunidade do Jacarezinho. A comunidade tem sido alvo de ações policiais diárias desde o dia 11 de agosto. A Defensoria está questionando se as sete mortes ocorridas na favela desde o início das operações estão sendo investigadas, se estão sendo adotadas medidas para a proteção dos moradores e se há GPS e câmeras nos veículos blindados da polícia.

Na última sexta-feira, a defensora pública Livia Casseres e o ouvidor-geral da Defensoria, Pedro Strozenberg, reuniram-se, na quadra da Unidos do Jacarezinho, com cerca de 120 moradores, comerciantes, representantes de igrejas. No encontro, a Defensoria ouviu as reclamações dessas pessoas.

De acordo com a Defensoria, pelo menos três mortes registradas no período são de pessoas que comprovadamente não estavam envolvidas em confrontos armados: o mototaxista André Luiz Medeiros, o verdureiro Sebastião Sabino da Silva e a cozinheira Georgina Maria Ferreira. Uma quarta vítima, a manicure Adriene da Silva Souza, que foi atingida por um disparo na cabeça, está internada no Hospital Salgado Filho.

A Defensoria também quer saber quais são os objetivos específicos dessas ações, que, segundo os defensores, colocam em risco a vida dos moradores e afetam os serviços públicos de educação, saúde e transporte. A Secretaria Estadual de Segurança informou que ainda não recebeu o ofício e, portanto, não vai se pronunciar.

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