Defesa da ativista Sininho busca terceiro habeas corpus
Advogado quer garantir soltura de gaúcha nas próximas 48 horas
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Nessa sexta-feira, a 27ª Vara Criminal do Rio de Janeiro acolheu a denúncia do Ministério Público e decretou a prisão preventiva (sem prazo definido) de 23 ativistas acusados de formação de quadrilha armada. Os réus fazem parte do grupo que teve prisão temporária decretada no último dia 12, durante a Operação Firewall, e que foram beneficiados por habeas corpus durante a semana. Porém, com a confirmação da preventiva, parte dos ativistas nem chegou a deixar o Complexo de Bangu, na zona Oeste do Rio.
De acordo com o juiz Flávio Itabaiana de Oliveira Nicolau, a decisão se deve à periculosidade dos acusados, “evidenciada por terem forte atuação na organização e prática de atos de violência nas manifestações populares, o que se pode verificar pela prova produzida em sede policial e pelos argumentos presentes na denúncia”. “Em liberdade, certamente encontrarão os mesmos estímulos para a prática de atos da mesma natureza. Assim, como a periculosidade dos acusados põe em risco a ordem pública, deve-se proteger, por conseguinte, o meio social”, justificou o magistrado, na decisão.
Atos de vandalismo
O grupo é suspeito de planejar e executar atos de vandalismo durante protestos na capital fluminense. Doze dos 17 presos no sábado já haviam sido liberados na quinta-feira. Nove dos que tinham mandado de prisão expedido seguem foragidos, mas nem todos tiveram prisão preventiva decretada.
Sininho é investigada também pelo suposto envolvimento no protesto que culminou com a morte do cinegrafista Santiago Ilídio Andrade, da TV Bandeirantes, no início do ano. O pai dela garante que não há relação da filha com o crime. De acordo com Antônio Sanzi, os dois envolvidos já foram identificados e fazem parte de uma milícia fluminense, também combatida pelos militantes políticos.
Em entrevista concedida à Rádio Guaíba, Marino D’Icarahy comentou que existe um complô envolvendo as três esferas de governo, Ministério Público, Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e Polícia Civil para criminalizar os manifestantes.