Defesa de Leandro Boldrini defende nulidade do julgamento do caso Bernardo

Defesa de Leandro Boldrini defende nulidade do julgamento do caso Bernardo

Justiça deve decidir sobre nulidade até esta sexta-feira

Correio do Povo

Leandro Boldrini foi condenado a 33 anos e 8 meses de reclusão

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A defesa do réu Leandro Boldrini sustentou, nesta segunda-feira, a existência de nulidade no julgamento do caso Bernardo. Contudo, os advogados Ezequiel Vetoretti e Rodrigo Grecellé Vares vão aguardar o julgamento dos embargos infringentes para apenas depois manifestarem-se.

A defesa entende que o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) não respeitou e violou o direito ao silêncio de Leandro Boldrini, além da decisão do júri ter sido contrária às provas nos autos pois não existiriam elementos que demonstrem que o réu participou e queria a morte do filho.

Segundo os advogados Ezequiel Vetoretti e Rodrigo Grecellé Vares, os embargos infringentes foram ingressados devido ao fato de que houve o voto de um dos desembargadores favorável à tese da defesa e determinou a nulidade do julgamento.

Em relação à Graciele Ugulini, há um pedido de diminuição de pena, enquanto à Evandro Wirganovicz também, existe a possibilidade de nulidade do julgamento dele.

“Não tem previsão. A sessão virtual começou na última sexta-feira e dura até cinco dias úteis. Possivelmente o resultado teremos só na quinta-feira. As decisões serão publicadas de todos os processos. Temos de aguardar”, observou o advogado Ezequiel Vetoretti nesta segunda-feira à reportagem do Correio do Povo.

O julgamento virtual dos embargos infringentes ajuizados por réus do Caso Bernardo ocorre no 1º Grupo Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS). "Não há nulidades no julgamento e a decisão do júri de Três Passos está em conformidade com a extensa e sólida prova indiciária. A nossa manifestação foi no sentido de desprover os recursos de todos os réus", declarou a procuradora de Justiça Maria Ignez Franco Santos, responsável pelo parecer do MPRS no processo.

O MPRS havia pedido o adiamento da sessão para o dia 10 deste mês, com julgamento presencial, para sustentar oralmente o parecer. No entanto, o pedido foi indeferido pelo TJRS.

O pai de Bernardo, Leandro Boldrini, foi condenado a 33 anos e oito meses de prisão por homicídio doloso quadruplamente qualificado, ocultação de cadáver e falsidade ideológica. Já a madrasta, Graciele Ugulini, teve a pena fixada em 34 anos e sete meses de reclusão em regime inicialmente fechado, por homicídio quadruplamente qualificado e ocultação de cadáver. A amiga de Graciele, Edelvânia Wirganovicz, foi condenada a 22 anos e 10 meses de prisão e seu irmão, Evandro Wirganovicz, a nove anos e meio.

O menino Bernardo, na época com 11 anos, foi morto em 2014 na cidade de Três Passos.


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