Deflagrada operação contra contrabando de cigarros no RS

Deflagrada operação contra contrabando de cigarros no RS

Investigação em sete estados apurou prejuízo de R$ 2,3 bilhões para União

Correio do Povo

Deflagrada operação contra contrabando de cigarros no RS

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Uma operação contra o contrabando de cigarros foi deflagrada na manhã desta quinta-feira no Rio Grande do Sul e em mais seis estados do Brasil. A ofensiva, denominada Huno, contabilizou um prejuízo de R$ 2,3 bilhões para União em tributos. O objetivo é cumprir sete mandados de prisão, sete de condução coercitiva e 50 de busca, além da determinação judicial do sequestro de 59 imóveis, 47 veículos e contas bancárias, patrimônio que totaliza aproximadamente R$ 80 milhões.

Além do Rio Grande do Sul, a ofensiva ocorre no Ceará, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo. Mais de 200 policiais federais, 90 servidores da Receita Federal e quatro procuradores foram designados para participar da operação conjunta entre Polícia Federal, Receita Federal e Procuradoria da Fazenda Nacional. 

As investigações da PF estão inseridas na Operação Sentinela e começaram em setembro do ano passado, tendo o contrabando como foco. Durante a apuração dos crimes, os policiais encontraram um esquema maior, que primava pela prática de outras infrações penais e tributárias.

Contrabando como ponta do iceberg

As ilegalidades abrangem associação criminal, receptação, falsificação de documentos, sonegação fiscal, exportação irregular de fumo, contrabando de cigarros, adulteração de produtos entregues a consumo e pirataria de marcas registradas.

De acordo com a Polícia Federal, os suspeitos envolvidos nos crimes utilizavam empresas de fechada e laranjas para desviar tabaco da cadeia econômico-tributária. Parte desse fumo era fornecido para fábricas no Paraguai através de exportação irregular e retornava ao Brasil como cigarro industrializado e contrabandeado.

O restante da mercadoria era enviado para fábricas clandestinas de cigarros localizadas nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, que ainda falsificavam marcas paraguaias para distribuição no mercado nacional. O pagamento pelo fumo processado era feito de diversas formas. Uma delas consistia na transferência de carros de luxo e até máquinas usadas em construção, como retro-escavadeiras e moto-niveladoras.


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